Revoltado e manifestamente incomodado com a forma como o processo tem decorrido, empresário e ex-glória acusa diretores do Marítimo de estarem a "destruir o clube" com a sua gestão. Elemento da direção diz que o empresário violou o acordo de confidencialidade.
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Alex Bunbury está indignado com a direção do Marítimo. O empresário e ex-glória do clube foi ontem informado, por carta, que o processo de investimento na SAD do clube está suspenso. Recorde-se que, depois de várias reuniões, o processo parecia aguardar a marcação da data para a realização da Assembleia Geral do investidor.
Bastante incomodado com a forma como este processo decorreu, Alex Bunbury diz que a responsabilidade desta decisão é dos atuais órgãos sociais do clube. "Informaram o meu advogado às 13 horas que o processo estava suspenso", começou por dizer a O JOGO.
Mas Alex não se fica por aqui. "Na carta enviada ao meu advogado argumentaram que o processo tinha de parar por causa da Assembleia Geral de sócios do dia 31 de outubro [intitulada de destitutiva] e ainda porque a posse do Complexo Desportivo do clube não é do Marítimo", afirma. Sublinhe-se que o complexo está no nome de uma das empresas detidas pelo ex-presidente Carlos Pereira.
O empresário canadiano não tem dúvidas: "Estou muito desapontado. Estes argumentos apresentados são treta. Até agora nenhuma destas situações era problema e passaram a ser?"
Ainda assim, Alex não quer parar com o processo. "Há formas de fazer a proposta chegar aos sócios para escolherem se querem avançar. Estive com os adeptos e eles acham a proposta fantástica para o clube", argumenta.
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Alex recorda que quer investir 17,5 milhões de euros para ficar na posse de 40% da SAD do Marítimo, sendo que um ano depois fará mais uma proposta de aquisição de 20% por 15,5 milhões de euros, fazendo ainda um reforço de 3 milhões para melhoria de infraestruturas.
O empresário acusa mesmo a direção de estar a agir nas costas do atual presidente. "Tudo foi feito sem o presidente cá. O presidente Rui Fontes está nos Açores de férias com a família. Não sabe de nada disto", afirmou. O JOGO tentou chegar à fala com Rui Fontes, mas ainda não obteve resposta.
Direção diz que Alex violou o acordo
O JOGO ouviu um elemento da direção do Marítimo, que não se querendo identificar, disse que foi "Alex quem suspendeu e feriu de morte o acordo de confidencialidade entre as partes". Ou seja, a direção do Marítimo entende que esta é, até, uma "reflexão natural e óbvia da forma como decorreu o processo". Afirmando mesmo que a sessão de esclarecimento realizada no Bar Papagaio Verde é uma dessas violações do acordo de confidencialidade.
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