Portista tem boas hipóteses de se estrear esta noite por "La Roja"
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O Espanha-Suíça desta noite, em Tenerife (19h45), pode ficar gravado com letras de ouro no livro de memórias de Samu. A veia goleadora demonstrada no FC Porto - 12 golos em 13 jogos - foi recompensada com a primeira chamada do avançado à seleção campeã da Europa e tudo indica que, depois de ter assistido do banco à vitória sobre a Dinamarca, na sexta-feira, faça hoje a estreia oficial. Se a titular ou como opção no decorrer da partida, só Luis de la Fuente saberá, mas a ausência do castigado Oyarzabal, aliada ao facto de “La Roja” já ter o primeiro lugar do grupo assegurado, abre boas perspetivas para o goleador dos dragões.
Em todo o caso, Samu já sabe o que vai fazer com a camisola da estreia: oferecê-la à mãe heroína, a quem voltou a agradecer pelos sacrifícios ao longo dos anos em entrevista ao portal “Relevo”. “Se não fosse por ela, não sei o que seria de mim. Fez tudo o que uma mãe pode fazer por um filho, por mim e pela minha irmã. Sou-lhe eternamente grato. A camisola da estreia irá para ela, para que a possa emoldurar em casa”, revelou o jogador, que até já recebeu conselhos do capitão Morata. “Disse-me para estar tranquilo e fazer o que sei, porque não tenho de provar nada”, relatou.
Consciente da dimensão do que tem feito dentro de campo ao longo dos últimos dois meses e meio, Samu assegura que não vai mudar a forma de ser por estar na crista da onda. “A minha mãe pede-me que não mude. Ela sabe que não vou mudar de atitude, apesar de tudo o que me está a acontecer. Terei sempre os pés no chão. Só porque estou na seleção principal não vou pensar que sou alguém que não sou. Não vou perder a cabeça”, vincou o atacante, sem esconder, no entanto, que já depositava grande fé nesta época. “Para dizer a verdade, não esperava estar a ter este momento, mas sabia que este ano ia ser muito importante para mim. Disse a muitos amigos que este ano ia ser o meu ano. Eu sabia que Deus tinha algo preparado para mim. Estava muito calmo. A transferência falhada para o Chelsea foi um golpe duro, mas encarei-o com naturalidade. São coisas que me ajudaram a aprender”, reconheceu.
Garantindo que “nada mudou” em relação à forma de trabalhar que já aplicava no Alavés, Samu enalteceu a veloz adaptação ao FC Porto. “As coisas estão a correr muito bem. Não esperava um início tão forte, mas adaptei-me muito rapidamente e encaixei muito bem na equipa. Estou muito contente com a forma como os adeptos me tratam. No clube também são muito carinhosos, estou grato pela forma como se comportam”, referiu o jovem ponta-de-lança, antes de explicar que cada oportunidade de golo falhada implica um peso grande sobre os ombros. “A minha família diz que não posso ficar tão afetado, mas é difícil mudar isso”, rematou Samu.