Quenianos Béatrice Chebe e Emmanuel Wanyonyi, impuseram-se nas finais do penúltimo dia dos Mundiais de atletismo, enquanto a espanhola María Pérez se juntou a um raro "panteão"
Corpo do artigo
Os quenianos Béatrice Chebet, nos 5000 metros, e Emmanuel Wanyonyi, nos 800, impuseram-se este sábado nas finais do penúltimo dia dos Mundiais de atletismo Tóquio'2025, enquanto a espanhola María Pérez se juntou a um raro "panteão" de dois "bi" seguidos.
Campeã olímpica e recordista mundial dos 5000 metros, que já correu em 13.58,06 minutos, Chebet reinou hoje sobre a vigente campeã, a compatriota Faith Kipyegon, com 14.54,36 de marca.
Conseguiu, com isso, fechar a primeira "dobradinha" dos 5000 e 10 000 em Mundiais desde 2011, numa grande prestação da atleta de 25 anos, sucedendo a outra queniana, Vivian Cheruiyot, que o fez em Daegu'2011.
No bronze ficou a "vice" olímpica em Paris'2024, a italiana Nadia Battocletti, que deixou a etíope Gudaf Tsegay de fora do pódio.
Campeão olímpico em Paris'2024, Emmanuel Wanyonyi voltou a mostrar que é o mais rápido nas duas voltas à pista, com 1.41.86 minutos de marca, recorde dos campeonatos, marca conseguida aos 21 anos.
O queniano deixou para trás o argelino Djamel Sedjati, segundo com 1.41,90, e o canadiano Marco Arop, que defendia o título, hoje terceiro com 1.41,95.
De manhã, a espanhola María Perez revalidou o título mundial nos 20 km marcha, uma semana depois de se ter imposto também nos 35 km, e aos 29 anos repetiu a "dobradinha" de Budapeste'2023.
É apenas a quarta atleta a confirmar um "bis" em duas edições seguidas de Mundiais, seguindo os passos de três outras lendas do desporto mundial, casos de Carl Lewis, Usain Bolt e Mo Farah.
"Já participei em cinco Mundiais e esta é a minha quarta medalha. Sou a mulher mais sortuda do mundo", declarou.
Pérez ganhou com 1:26:06 horas, à frente da mexicana Alegna González, segunda, e da japoneas Nanako Fujii, enquanto em masculinos se impôs o brasileiro Caio Santos.
Um dia depois de Pedro Pablo Pichardo dar o ouro a Portugal no triplo salto ao superar um rival inesperado no sexto e último ensaio, a neerlandesa Jessica Schilder atirava pela sexta e última vez o peso na quinta posição.
Schilder arremessou o engenho para 20,29 metros e deixou toda a concorrência para trás, a começar pela bicampeã em título, a norte-americana Chase Jackson, "apenas" nos 20,21, fechando o pódio a neozelandesa Maddison-Lee Wesche (20,06), sem a dececionante campeã olímpica, a alemã Yemisi Ogunleye, apenas sexta com 19,33.
No lançamento do dardo, ouro para a equatoriana Juleisy Angulo, com 65,12 metros de marca, na segunda vez que bateu o recorde nacional em dois dias, e única acima dos 65, com a letã Anete Sietina em segundo, com 64,64 e novo recorde pessoal, e a australiana Mackenzie Little no bronze, com 63,58.
O heptatlo fechou hoje, um dia antes do decatlo, e consagrou a norte-americana Anna Hall como campeã mundial, acabando com 6.888 pontos após os 800 metros, num concurso marcado pela incerteza.
Esta deve-se à ausência da belga Nafissatou Thiam, tricampeã olímpica aos 31 anos, que acabou por abandonar o heptatlo após quatro provas, quando seguia em sexta.
Assim, a prova consagrou a antiga "vice" mundial, deixando a recordista da Irlanda Kate O"Connor na prata e a norte-americana Taliyah Brooks em terceiro.
Os Mundiais de atletismo Tóquio'2025 encerram domingo com as últimas finais, entre elas o decatlo e várias estafetas, incluindo os 4x400 metros masculinos, com a participação de Portugal.