Di María, a fotografia de Schmidt e ainda Gyokeres: o que disse Bruno Lage

Dérbi: "Que melhor forma de promover o futebol português fazendo o jogo de amanhã. Quando olhamos para campeonatos como o de Inglaterra e o de França, em que o campeão já está encontrado... Amanhã podemos jogar o jogo do título. Não há melhor forma de promover o campeonato. Depois, o nosso adversário. Tem um treinador que tem vindo a fazer um trabalho muito bom, é capaz de ser o treinador com mais jogos esta época, pelo que também fez no Vitória, e depois é uma grande equipa, com grandes jogadores. Quando olhamos para os jogadores que jogam na frente, o Trincão, que eu conheço muito bem, o próprio Viktor e o Pote, que são jogadores de seleção. Vamos jogar contra uma grande equipa, nós também o somos e amanhã vamos ter oportunidade de jogar o título de campeão e convicto de que o apoio dos nossos adeptos é decisivo para o desfecho."

Rui Borges falou em "jogo do século". E da sua carreira? "Não, considero que o jogo mais importante é sempre o próximo. A título individual, coletivo e do clube é um jogo muito importante, pode ser decisivo e é dessa forma que o estamos a viver."

Di María será titular? "Na nossa profissão, o próximo jogo é sempre o mais importante. Do nosso lado, o que posso dizer é que o Di María está convocado."

Conta com Pote no onze inicial do Sporting? "É como disse, tem muita qualidade e traz coisas positivas à equipa adversária. Se joga de início ou entra depois, cabe também ao Rui decidir. A nós, cabe decidir a melhor estratégia para o jogo." 

O título e a continuidade no cargo: "Peço-lhe que faça essa pergunta amanhã depois do jogo, mas tenho bem claros quais são os meus objetivos para o futuro. Mas lanço-lhe o desafio. Qual foi o primeiro objetivo quando cá chegámos? Acho que os conseguimos. O primeiro era voltar a ter a envolvência dos adeptos e vamos ver isso amanhã. E depois era estarmos em posição de disputar o título. Os dois primeiros objetivos foram alcançados. Taça da Liga já vencemos. Temos eliminatórias da Champions garantidas. Chegámos aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Somos finalistas da Taça de Portugal. E conseguimos colocar as pessoas a gostar do futebol ofensivo que realizamos em campo, com golos, e fazer o enquadramento de alguns jogadores e trazer ao de cima o melhor de cada um deles. Na maioria dos clubes, seria uma época razoável, no Benfica é insuficiente e temos plena consciência disso."

Papel de Roger Schmidt na eventual conquista do título: "Claro que sim. Se for ao museu do Benfica, o título de 18/19, estão lá as duas fotografias, de Rui Vitória e Bruno Lage. É aquilo que mais desejo, e vamos trabalhar muito para que no futuro possam estar lá duas fotografias, a minha e do míster Roger."

Despedida de Di María da Luz? "Não lhe sei responder. Tiramos notas é da forma como o Sporting joga. O nosso trabalho parte disso, como preparar a melhor estratégia para o jogo. Gosto muito de trabalhar com Di Maria, é uma situação que terá de ser resolvida." 

Adeptos: "O nosso grande objetivo, enquanto profissionais, é jogar pelas nossas famílias. Jogar neste clube representa isso. Acredito que, pelo que foi a aproximação, que os adeptos vão estar do nosso lado. Só há um caminho. Vamos receber o forte apoio das bancadas durante os 90 minutos."

Parar Gyokeres: "Temos uma ideia muito clara sobre a estratégia. Não vou partilhar."

O Sporting atual e o da primeira volta: "Olhamos sempre para aquilo que as equipas vão fazendo nos últimos jogos. Temos o cuidado de analisar, mas há sempre ideias que podemos tirar de outros jogos. É uma grande equipa, que já jogou em diversos sistemas. Temos sentido essa necessidade de poder encontrar sempre boas soluções. É sempre nisso que nos concentramos."

Camisola de Jaime Graça em 2019: "Essa história já foi contada tantas vezes. Não mandei estampar nada. Vou recordar a história que já foi escrita. Foi um saco fechado que me deram e que disseram para abrir depois do jogo. Estava o 37 e o nome do Jaime Graça. O que mais nos orienta é o jogo, a forma como nos preparamos, sentirmos os sinais de que a equipa está connosco, os jogadores acreditam muito na nossa forma de trabalhar. Sentem-se confortáveis com a estratégia."

Atos de violência antes do dérbi: "Há várias coisas a lamentar. Vejam a oportunidade que estamos a ter de promover o nosso campeonato. Há quantos anos é que um jogo não era tão decisivo para encontrar um campeão. Mas ainda vou mais longe. Poderemos ajudar em ter uma comunicação mais positiva no futebol? Acho que é sobre isso que nós também podemos pensar."