Vítor Bruno, treinador do FC Porto, fez este sábado a antevisão ao duelo com o Farense, agendado para as 15h30 de domingo, no Estádio do Dragão, e relativo à quinta jornada da I Liga
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Análise ao Farense: "Equipas ameaçadas, com pouco número de pontos, são sempre, de certa forma, imprevisíveis. Também já estive do lado de equipas com este tipo de contexto que o Forense tem agora e sei que as equipas agarram-se a tudo, unem-se, vão buscar crenças, muitas convicções, e é preciso estarmos em alerta permanente, de forma praticamente ininterrupta ao longo de todo o jogo. Teremos de saber identificar a melhor forma de atacar um Farense que, do ponto de vista estrutural, posicional, poderá oferecer algumas dúvidas naquilo que foi a nossa preparação, até pelas notícias que foram vindo a público também. Teremos de estar muito ligados ao que somos, muito ligados ao que fomos reforçando enquanto construção do nosso jogo nestas duas semanas de paragem e altamente vinculados com o desejo de vencer. Esse vai ter de ser o mote para amanhã, esvaziando também o balão inicial que o Farense pode trazer, alimentado em esperança, em espírito de missão muito vincado, teremos de ser nós a dar passos em frente e atacar o jogo de frente."
Que comentário lhe merece a hora do jogo? "É um horário que me parece muito apelativo. Recordo-me dos meus tempos de infância de ter acompanhado, em Coimbra, obviamente com a Académica, de ir pela mão com a gente que me levava e de levar bandeirinhas pretas e brancas na altura, num estádio que estava cheio. Aqui é um contexto diferente, mas o futebol deve ser sempre um meio unificador daquilo que é o vínculo entre famílias, catalizador de um sentimento familiar forte, mas, depois, vai caber-nos fazer emergir aquela energia que queremos no Dragão, que nos transporte para uma vitória clara, convincente e que tem que obrigatoriamente acontecer."
Que reação espera após a derrota em Alvalade? "Após uma derrota, a nossa vontade é atacar o jogo numa fase imediata, logo a seguir ao término do jogo anterior. Nós fomentamos muito uma regra, que é não entrarmos em agonia mais do que 24 horas. Acredito muito nas energias criadas, em laços, em vínculos e acho que só através da energia conseguimos construir o sucesso de uma organização. As primeiras 24 horas após o jogo de Alvalade foram difíceis, foram duras, foram agonizantes em algum momento. Obviamente que isto não se perdeu ao longo destas duas semanas, está sempre guardado, não esquecemos, mas, em termos de trabalho diário, totalmente vinculados de forma enérgica, muito fiéis ao nosso jogar, às nossas convicções, o que temos construído desde o início dos trabalhos. Por isso, a esse nível, durou 24 horas. A partir daí, atacar o jogo e fizemos mira ao Farense."