A falta de opções tem sido um problema na equipa principal e enfraquecido, também, a equipa B. O problema foi a oportunidade para muitas caras novas brilharem. Há mais talentos escondidos...
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Se a equipa A tem sentido - e de que maneira - as sucessivas ausências, Luís Castro não se pode queixar do mesmo. Está bem, já queixou, mas isso é passado. Entre janeiro e fevereiro, o líder da II Liga somou apenas 15 de 36 pontos possíveis. Nos últimos 21 em disputa, conquistou 16. E, na maior parte dos casos, privada das figuras que este grande trajeto tem potenciado: Ismael Díaz, Gleison, Francisco Ramos ou André Silva, por exemplo, já depois da saída a título definitivo de Chidozie, Rafa e Gudiño. Na falta do plano principal , apareceu o alternativo. As figuras atuais são outras. Em Faro, por exemplo, foram Fede Varela e Sérgio Ribeiro a oferecer o triunfo. Antes, com o Covilhã, tinha sido a vez de Leonardo Ruíz e Rúben Macedo. E falta Cláudio Ribeiro, que leva três golos e uma assistência decisiva neste período. Já os conhecia? Se ainda não, fixe os nomes: há mais talento no improvável líder da II Liga do que o imenso que a primeira metade da época deu a conhecer.
Rúben Macedo e Leonardo Ruíz são dois dos que têm aproveitado muito bem o crescendo de espaço. Mas estes, os portistas mais indefetíveis até conhecem do título de juniores que a equipa conquistou na temporada anterior. Cláudio Ribeiro, Sérgio Ribeiro e Fede Varela são casos mais especiais e também foram artificies dos últimos triunfos. Comecemos pelo primeiro. Cláudio começou no Aves, mudou-se para o V. Guimarães. Estreou-se na equipa B com 17 anos, mas aos 18 perdeu força, mais por questões extra desportivas. O FC Porto já tinha estado interessado em contratá-lo nas épocas de formação e aproveitou a oportunidade. Tapado por Gleison, Ismael e Rúben Macedo, o admirador de Hulk teve paciência, esperou e agora joga sempre, seja como titular, seja como suplente utilizado. O golo em Barcelos foi o grito de revolta. Seguiram-se mais dois e uma assistência decisiva. Sérgio Ribeiro também é extremo, mas de menor explosão. Tem, como trunfo, a capacidade invulgar para cobrar bolas paradas, sejam diretas ou indiretas. Já ofereceu alguns golos e marcou dois, o último deles absolutamente decisivo: a equipa já sabia que o árbitro apitaria para o final do jogo logo após a cobrança do livre. Sérgio encheu o peito, bateu, marcou e a equipa explodiu para a festa em Faro. Por fim, Fede Varela, o tal que ficou conhecido no Football Leaks, por ter "valido" uma comissão de 70 mil euros a Alexandre Pinto da Costa. O argentino chegou à Europa para jogar no Celta de Vigo, mudou-se para a terceira divisão suíça e agora está no Porto. Com um grande golo, deu início à reviravolta em Faro. Se a equipa for mesmo campeã, também tem parte da taça.
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