De Darwin a Zaidu: reforços do Benfica têm o dobro do peso em relação aos do FC Porto
As contratações dos dragões para 2020/21 jogam muito menos tempo e consequentemente marcam menos golos e fazem muito menos assistências.
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Os jogadores contratados esta época pelo Benfica têm um peso bem maior na equipa do que aquele que, comparativamente, têm os reforços do FC Porto.
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Uma afirmação tão objetiva quanto possível, sustentada em números que apontam na mesma direção: os reforços das águias jogam o dobro do tempo, marcam o dobro dos golos e fazem quatro vezes mais assistências.
Começando pelo tempo de jogo, os nove reforços das águias jogaram um total de 8210 minutos, ou seja, quase metade (44 por cento) do somatório do tempo de utilização de todos os elementos do plantel, que é de 18716'. Ora, nos dragões, esse tempo é bem menor, na ordem dos 22 por cento (4125' em 18767'). Cerca de metade, portanto.
Mas outros indicadores têm proporção semelhante, como acontece, por exemplo, nos golos marcados: enquanto os do Benfica apontaram 18, os do FC Porto ficaram-se pelos nove.
Seis novos jogadores entraram no onze das águias, como foram os casos de Darwin, Everton, Waldschmidt, Otamendi, Gilberto e Vertonghen, enquanto no FC Porto a honra coube a Zaidu e Sarr
Quanto ao peso desses golos no total da equipa, conferimos um a um os 49 dos encarnados em todas as provas e chegámos à conclusão que mais de metade tiveram participação direta (concretização, último passe ou penáltis sofridos) dos reforços: 29 em 49. No FC Porto, foram 17 em 41, o que reflete diferença significativa. Só seis jogos das águias não tiveram qualquer golo com participação direta de reforços. E aqui surge curiosamente o único ponto em comum desta recolha, uma vez que nos dragões esse número é igual, com seis jogos sem influência direta de jogadores contratados para 2020/21.
Um factor que não será alheio às transformações no sector mais ofensivo de cada equipa. Enquanto Everton, Waldschmidt e Darwin se impuseram na frente de ataque encarnada, com Pedrinho a aparecer de quando em vez, nos azuis e brancos é Taremi que se tem intrometido com mais frequência nas opções que a equipa já trazia da temporada anterior.
Taremi marca em menos tempo
O portista lidera um dos rankings individuais mais ilustrativos no que diz respeito à influência dos reforços. É que o avançado iraniano é, de entre todos, aquele que precisa de menos tempo para marcar um golo. Fazendo a média no seu tempo de utilização esta época, Taremi marcou um golo a cada 134 minutos em campo. A seguir está Waldschmidt, com 162'. Se analisarmos a participação direta em golos, o iraniano fá-lo a cada 89 minutos, seja a concretizar, no último passe ou em penáltis sofridos. Darwin Nuñez segue-se na lista, com participação direta em golos a cada 105'.