
D.R.
Três anos depois, Daniel Rodrigues voltou à Liga 3 e marcou um dos golos da vitória sobre o Tirsense, na Taça. O médio de 23 anos, natural de Resende, foi formado no Sporting, onde conviveu com vários craques. Trocou o Tirsense pelo Amarante com a ideia de, mais tarde, se impor nas provas profissionais.
Na época passada, Daniel Rodrigues fez parte da campanha histórica do Tirsense na Taça de Portugal, que terminou nas meias-finais contra o Benfica. Entretanto, o médio de 23 anos, que fez grande parte da formação no Sporting, deu o salto para o Amarante, da Liga 3, na qual já tinha representado o Felgueiras há três anos. Com outro conhecimento do jogo, quer dar passos sustentados para se impor nos campeonatos profissionais.
No último jogo, o Amarante venceu o Tirsense, a sua anterior equipa, foi especial para si?
—Sim, foi um dia especial. Voltei a um clube no qual fui muito feliz. Conseguimos alcançar algo histórico ao chegar às meias-finais da Taça de Portugal. Deixei lá grandes amigos e também gostei muito da cidade e dos adeptos. Foi muito bom regressar passado tão pouco tempo. Ainda há quatro meses estava a jogar com eles no Estádio da Luz, agora estava a defrontá-los e acabei por marcar um golo.
Teve um sentimento agridoce ao marcar?
—Nós, enquanto jogadores, temos de saber distinguir a parte profissional do lado emocional. Faz parte do nosso trabalho. Não festejei por respeito, mas foi uma vitória justa e merecida. Temos uma equipa muito forte, que luta por grandes objetivos. Na Taça era a eliminar, a equipa esteve bem. Acabámos por marcar um golo nos instantes iniciais e demos seguimento ao que temos feito.
No ano passado foi às “meias” da Taça. Será possível repetir?
—Estando na Liga 3, ir às meias-finais da Taça de Portugal seria algo inédito. Isso valoriza muito o plantel. Mas não podemos esquecer que o nosso objetivo principal é o campeonato, no qual queremos chegar à fase de subida. Isso sim, assinaria por baixo. Já chegar às meias da Taça, vamos tentar.
O que o levou a escolher o Amarante para prosseguir a carreira?
—Já conhecia o clube, defrontei-os várias vezes. Queria dar um passo em frente, sair do Campeonato de Portugal para uma liga superior. Tenho o objetivo de atingir os campeonatos profissionais e achei que seria o clube ideal, porque está em crescimento. Ainda na última época conseguiu chegar à fase de subida da Liga 3. Não tive muitas dúvidas e cheguei cá com uma grande ambição para dar o meu melhor e ajudar a equipa.
Na época de estreia na Liga 3, o Amarante foi à fase de subida. Há condições para voltar lá?
—Acho que temos todas as condições para isso. Tanto nas infraestruturas como no treinador e na equipa. Temos pessoas e jogadores muito competentes. A maior parte do plantel veio de uma realidade inferior, são jogadores que se destacaram no Campeonato de Portugal e deram o salto para a Liga 3. Temos uma equipa com objetivos muito claros e vontade de vencer. Não chegámos aqui por acaso.
Como avalia este seu arranque de época, com dois golos em quatro jogos?
—Estou a começar bem. É algo importante para mim e para a equipa. Procuro ter a mesma consistência e regularidade da época passada. Sinto-me preparado para enfrentar este desafio e chegar aos campeonatos profissionais. Em quatro jogos só temos uma derrota e vejo qualidade para fazermos um campeonato ainda melhor, vivendo jogo a jogo e sem nos iludirmos muito com as vitórias, porque as coisas no futebol mudam muito rapidamente.
Acredita que poderá superar o registo da época anterior, a sua melhor?
—Sim, mas o ano passado já passou, já ninguém se lembra. O importante é esta época, trabalhar todos os dias para fazer melhor. Sinto-me totalmente capaz e confiante para ultrapassar esses números, mas acima de tudo que a equipa faça um grande campeonato, pois isso vai valorizar-nos enquanto jogadores.
Voltou à Liga 3 depois de ter representado o Felgueiras. Sente-se mais preparado agora?
—Sim. Cheguei à Liga 3 após cumprir a formação no Sporting. Não foi fácil passar do melhor clube de formação para o Felgueiras. Foi um ano complicado, a minha primeira vez em contexto sénior. Não tive a regularidade e os minutos que gostaria. Hoje já sou um novo jogador, já tenho 23 anos, tenho outra mentalidade e conhecimento do jogo.
