Ao quarto jogo, a equipa marcou pela primeira vez, pelo central Manuel Pedro, afastando o Cinfães da Taça aos 120 minutos. Repescado para disputar a Liga 3, em virtude da queda do Boavista, o Marco ainda não sofreu qualquer golo. “Gosto pouco de falar disso para não os atrair”, atirou o defesa
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Ao quarto jogo da temporada, o Marco conseguiu finalmente festejar um golo. E logo num momento decisivo, que valeu a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal, diante do Cinfães.
“Foi importante o golo, mas foi mais importante a vitória. Vínhamos de três empates e já merecíamos a vitória. Estava difícil desbloquear a situação do golo. Acabei por ser eu, mas o mais importante foi acabar com este bloqueio”, resumiu Manuel Pedro, que no domingo decidiu a partida com um golaço aos 120 minutos. “Sou central, mas subi no terreno. Dei uma linha de passe mais à frente, fiz uma tabela, o Mauro meteu-me a bola e apareci perto da grande área a finalizar. Foi um bom golo”, explicou o defesa, recordando a reação nas bancadas. “Os adeptos são muito fervorosos, um golo naquela altura ainda teve uma importância maior. Foi uma vitória muito boa e festejaram com grande euforia”, destacou, referindo que esta vitória será importante para o futuro. “É um grupo praticamente todo novo. Entrámos com três empates, agora teremos mais alegria e a equipa vai soltar-se mais”, salientou.
Além de ter marcado pela primeira vez, o Marco continua sem sofrer golos ao fim de quatro jogos, algo que nas três principais ligas só Famalicão e Sanjoanense conseguem. “É sempre importante não sofrer golos. Isso dá mais confiança para trabalharmos e encararmos os desafios com outra responsabilidade, mas, quando isto acontece, gosto pouco de falar para não os atrair”, diz o jogador, de 31 anos, com humor. “Vamos corrigindo os erros, mantendo esta coesão. O grupo também se agarra muito ao processo defensivo, assim como a malta da frente. Ofensivamente, vamos tentar transformar isto em mais golos”, expôs.
Nos marcoenses há quatro épocas, Manuel Pedro foi um dos quatro atletas a transitar da campanha anterior, à semelhança de Hugo Pereira, Zé Couto e Bruno Guimarães, e recordou como a equipa viveu a repescagem do Campeonato de Portugal para a Liga 3. “Sabíamos o que se passava com o Boavista e mantivemos um bocadinho de esperança. Quantas mais notícias saíam, mais ansiedade e entusiasmo se gerava. O grupo preparou-se para as duas divisões. Agora, que estamos na Liga 3, o espírito é muito forte e vincado para garantir, pelo menos, a permanência”, avisou, sublinhando o que o levou a ficar no Marco: “Neste clube sinto-me em casa, feliz e respeitado. Sou de Guimarães, e aqui também vejo muito bairrismo, com adeptos que gostam de apoiar em todo o lado. Esse amor também me prendeu.”