O treinador do Boavista fez a antevisão do desafio diante do Rio Ave
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Daniel Ramos, treinador do Boavista, acredita que a equipa deu indicadores positivos nos últimos dois jogos e apenas precisa de um resultado condizente com essa evolução. Este domingo, os axadrezados visitam o Rio Ave e técnico apelou à solidez e ao discernimento na leitura do jogo.
Último jogo: "Fica sempre para trás no arranque da semana depois de analisarmos com o plantel e partilharmos aquilo que interessa, enumerar aspetos a melhorar e outros positivos. É a lógica de trabalhar. Nos últimos jogos temos comportamentos positivos e melhorias significativas, pena que os resultados não estejam a acompanhar. Vamos continuar a trabalhar e desejar que a evolução continue e os resultados melhorem."
Números de Stojiljkovic: "Um treinador quer que os avançados marquem golos, o passado do Stoj tem golos, não está a conseguir materializar mas temos jogadores com registos de golos interessantes como o Yusupha e o Cassiano. Tenho de olhar para o rendimento de qualquer jogador e perceber se há ou não necessidade de alterar e estamos cá para tomar decisões. O Stoj comigo tem dois jogos e um golo. É mau? Não. Queremos oportunidades e eficácia no momento de decisão. Estamos à procura de melhores índices de eficácia no treino para que possa acontecer no jogo."
Evolução na equipa: "Se olharmos para a equipa nestes dois jogos temos uma primeira parte com o Portimonense com perdas e ganhos e uma segunda mais sustentada. Com o Famalicão, estivemos bem em muitos momentos. São indicadores de crescimento. Sabemos que é um jogo extremamente complicado, o Rio Ave tem ótima equipa, mas tem de imperar a capacidade de resposta da equipa, independentemente do adversário. Peço solidez no processo defensivo e ofensivo, comportamentos com objetividade. Não dou muita importância à posse de bola mas sim ao que se faz com bola, tem de se criar oportunidades e neste aspeto a equipa respondeu bem nestes dois jogos, o caudal ofensivo aumentou. Os resultados não ajudaram a este crescimento evidente."
O que falta: "Falta a vitória para reforçar todo o trabalho que a equipa tem feito, não estamos a ser felizes. Merecemos mais. Em dois jogos fizemos um ponto e era perfeitamente possível ter três ou quatro, uma vitória seria extremamente importante."
O que fazer em Vila do Conde: "Jogo muito competitivo entre duas equipas a pensarem no mesmo, na vitória. Conheço bem o Rio Ave, existe uma ideia de jogo que já vem do passado, pincelada pelo Carvalhal que tem dado o seu toque pessoal à equipa. Basta ver o último jogo para a Taça, é uma equipa que vai fazer um grande campeonato. É a minha terra e passei por aquele clube, tenho grande respeito. Temos de ser extremamente organizados, perceber que sem bola, para além da organização e da atitude, por cada posicionamento desajustado temos um adversário que nos pode penalizar. Perceber onde estão os espaços para contra-atacar, ter a bola com os olhos na baliza. Às vezes é preciso meter gelo e noutros é preciso contra-atacar. Uma distração pode ser fatal, vamos ter de ter mangas arregaçadas, também é o que caracteriza o Boavista."
Mentalidade dos jogadores: "É importante que os jogadores acreditem no processo. Quem apanha o comboio a meio tem de ver muito bem as prioridades e neste momento dou prioridade a vários aspetos na minha ideia de jogo. No imediato a equipa está a dar uma boa resposta para depois com os resultados passarmos para outro tipo de requisitos e outro tipo de exigência."
Rendimento individual: "Temos um perfil e temos um perfil adaptado, temos o que somos e o que temos de ser. Nesse perfil adaptado temos de nos moldar. Esse moldar é importante quando entra um treinador. Estou a tentar perceber que de forma consigo extrair mais rendimento dos jogadores, sem eles deixarem de ser quem são. Temos de se persistentes. Temos um plantel que mostra que existe qualidade e pode ser potenciado. Vão por aqui que isto vai dar resultado."
Espaço para os jovens: "Espero dar lhes espaço e oportunidades. O Reisinho é um miúdo com muito talento, já lhe passamos indicadores do que ele tem de fazer para se afirmar, ele e outros podem aparecer em qualquer momento."
Mercado: "Estamos num período de avaliação e o que tenho dito é que entrar alguém por entrar não me interessa, temos um plantel vasto, se calhar até muito vasto. Ou encontrarmos alguém que sentimos que pode trazer algo diferente e valor acrescentado, ou ficam aqueles que temos e vamos à luta. Todos os bons jogadores são bem-vindos."
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