Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense, fez a antevisão da receção ao Rio Abe, marcada para as 15h30 de sábado
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Que resposta espera no regresso da Liga após a primeira derrota da temporada? "Perder nunca é bom mas gosto de olhar para esses momentos de insucesso como oportunidades. E mais fácil numa derrota parar para pensar, com o treinador à cabeça, e o grupo de trabalho, e consciencializarmo-nos que alguma coisa poderá não ter corrido tão bem. Isso vai obrigar-nos a olhar para o nosso trabalho e escolher, ou vamos crescer ou vamos lamentar. Sabemos que estes resultados negativos vão acontecer no nosso caminho mas crescer a aprender é a nossa escolha. Foi nisso que trabalhamos nestas duas semanas, fiéis ao nosso processo e a saber que depois das primeiras três vitórias este não era um processo acabado, como não vai ser nos próximos meses. Temos de continuar neste caminho de crescimento, olhar para os diferentes momentos do jogo e saber que temos de ser melhores se quisermos ter mais resultados positivos."
Que jogo espera frente ao Rio Ave? "Vai ser um jogo aberto. O Rio Ave é uma equipa recheada de talento, individualmente é um dos bons plantéis do nosso campeonato, com um treinador que apesar de não conhecer tão bem a realidade da Liga adaptou-se muito rapidamente. O Rio Ave tem sido muito competente, ainda não tem qualquer derrota e apesar de não ter ganho tem tido excelentes desempenhos, muito assente na velocidade dos jogadores frente, na combatividade e numa equipa muito bem organizada. A parte boa para nós, digamos assim, é que em termos de sistema tático e organização da equipa não sinto que haja uma novidade muito grande. Vamos encontrar situações que já encontramos no passado e para as quais já estamos preparados, agora é perceber o que as individualidades podem acrescentar à ideia e conseguir impor a nossa. Espero um jogo aberto, entre duas equipas a querer ganhar. A jogar em nossa casa, diante de adeptos que têm sido incríveis, estamos ultra motivados."
Que plantel tem à disposição depois do fecho do mercado? "É um grupo muito bom. Tivemos que trabalhar com alguma incerteza, de ser muito criteriosos nas entradas, mas é diferente trabalhar com o plantel fechado. As coisas estão a caminhar para o que vai acontecer nos próximos meses. O núcleo duro foi formado cedo e agora, sim, há um pouco mais de estabilidade para trabalhar. Tivemos os internacionais fora, o que atrapalhou um bocadinho, mas temos uma equipa sub-19 capaz der suprir essas ausências. O objetivo foi sempre olhar para todas as posições e perceber que temos soluções. Temos jogadores cujas caraterísticas que nos dão coisas diferentes. Houve um trabalho meritório de toda a estrutura, que não foi fácil, entrou um acionista novo, uma equipa técnica nova, casar todas estas ideias não é fácil mas acho que conseguimos com sucesso."
Chegaram reforços nos últimos dias, é de prever mudanças no onze? "Depende. Costumo dizer que são três coisas que mandam em quem joga ou não e que passo aos jogadores, que é o rendimento semanalmente e no jogo e depois o lado estratégico, que é a decisão do treinador, que é perspetivar o jogo em função das caraterísticas do adversário. O onze é sempre muito aberto, não gosto de dizer que temos um onze base, há sempre espaço para o lado estratégico em função do que pode ser o jogo. Quem vai jogar é quem deu melhor resposta e quem nós sentimos que vai estar preparado para as dificuldades do jogo."