Cortes à vista: salários de 25 jogadores do V. Guimarães suplantam o limite máximo
Direção revelou na última AG que os salários de 25 jogadores suplantam o limite máximo. Estão previstas várias saídas no fim da época. Direção identificou 25 atletas que auferem mais de 300 mil euros por época e 20 estão em fim de contrato. Quatro dos mais bem pagos são dos sub-23.
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Cortar nas gorduras é um mantra que foi além da campanha eleitoral no Vitória de Guimarães. Essa era uma das principais promessas da lista encabeçada por António Miguel Cardoso e a nova Direção, eleita a 5 de março deste ano com 62,5% dos votos, está disposta a cumpri-la, tendo fixado um teto salarial de 300 mil euros por época para os jogadores profissionais em função da atual capacidade financeira dos minhotos.
Os responsáveis do clube revelaram o limite máximo na Assembleia Geral da passada sexta-feira e detalharam que as remunerações de 25 atletas, distribuídos pela equipa principal, pelos bês e pelos sub-23, suplantam-no.
Sem revelar as identidades dos jogadores, o vice-presidente Diogo Leite Ribeiro contou inclusivamente aos associados presentes que quatro jogadores da equipa sub-23 têm um vencimento anual na ordem dos 400 mil euros, estando ainda associados a esses contratos o pagamento de 100 mil euros a cada empresário que gere a carreira dos mesmos atletas.
A nova Direção presidida por Miguel Cardoso depara-se então com um número significativo de jogadores dispendiosos (todos juntos poderiam formar um plantel), mas a situação deverá alterar-se, para melhor, dentro de apenas dois meses.
Segundo foi explicado aos sócios, 20 jogadores estão em fim de contrato e desse lote poderão fazer parte vários dos que se situam acima do teto salarial dos 300 mil euros por época, sabendo-se que até ao momento o clube só acertou as renovações dos jovens laterais Miguel Maga e Hélder Sá.
Apesar de ter sido convidado a estender o contrato, o avançado Estupiñán, conforme assumiu António Miguel Cardoso, deverá partir, enquanto o lateral Rafa Soares, outro habitual titular, não foi abordado pelo novo executivo.
Fundo vai emprestar dez milhões
A par de alguns cortes, o plano de reforço financeiro do Vitória implica a contração de um empréstimo junto de um fundo britânico no valor de dez milhões de euros. Os associados do clube foram informados dessa operação na Assembleia Geral da passada sexta-feira, tendo-lhes sido explicado que o referido empréstimo terá um juro de 5,75% e que o clube não terá de dar garantias.
A Direção informou ainda ter renegociado novos prazos de pagamentos da compra das ações a Mário Ferreira, o antigo detentor da maioria do capital da SAD.