Jogadores estão preocupados com a possibilidade de não receberem mais até agosto
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Não é só a ansiedade de voltar a jogar à bola que mexe com os jogadores, que poderão estar quase cinco meses sem subirem aos relvados. A questão salarial é a principal preocupação no presente e, no Águeda, por exemplo, o plantel já só vai receber mais um mês, num total de oito desde o início da temporada, em vez dos dez inicialmente acordados.
"No meu caso, tenho a felicidade de morar com os meus pais e só gasto com a faculdade e com o carro, mas se tivesse de pagar renda ou se estivesse imigrado, era bem mais complicado. Há clubes que conseguem pagar salários de II Liga, o que não acontece no Águeda, que tem um orçamento baixo", afirma Diogo Castro.
Rui Lima descarta por completo a possibilidade de "lay-off" ou cativações de salários no CdP. "A haver um corte, era passar de pouco para nenhum. O Pedras Rubras vai fazer tudo o que é possível para cumprir e isso deixa-nos tranquilos porque muitos não têm qualquer vínculo. Alguns fazem disto vida e, se ficarem quatro ou cinco meses sem receber, não têm como meter comida na mesa", garante o médio, que se tem certificado de que aos estrangeiros não falta nada. "O clube está a ajudar", revela.
No Bragança, de Kika, o presidente Milton Roque bateu com a porta, mas o resto da Direção está a tentar assegurar os compromissos. No Loures, de Marco Pinto, há a mesma garantia e uma ideia idêntica à de Rui Lima: "As famílias não podem estar quatro a cinco meses sem receber." Para os quatro, os apoios que a FPF vai atribuir aos clubes dão alguma serenidade.
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