Regra SAD quer acautelar a tranquilidade dos principais jogadores e garanti-los durante mais tempo. Valor das rescisões é o menos importante
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A renovação de Corona até 2022 foi ao encontro do desejo do mexicano, mas também da SAD: premiar o jogador com um salário melhor, garantir-lhe tranquilidade para o futuro e aumentar o vínculo ao clube (mais dois anos, no caso), para garantir que o extremo fique mais tempo no FC Porto e... feliz. A cláusula, sabe O JOGO, não mudou e vai manter-se fixada nos 50 milhões de euros. Nem era isso que estava em questão. Nem no caso de Tecatito, nem de outros jogadores que podem vir a renovar até ao final da época desportiva. Os valores que acautelam a saída de ativos importantes de forma unilateral estão fixados e a SAD não terá qualquer problema se algum clube os acionar. No caso de Corona são 50 milhões de euros, no caso de Marega eram e continuam a ser 40 milhões de euros. Só mesmo a de Alex Telles é passível de ser alterada, mas essa também não é a questão fundamental do processo que já decorre há alguns meses.
Aboubakar e Marega renovaram nestas épocas com Conceição e nenhum passou a ser mais caro do que era. No futuro aconterá o mesmo com outros e só o caso de Alex Telles pode ser diferente
O FC Porto quer, acima de tudo, garantir tranquilidade e estabilidade às primeiras figuras que transitarão para a próxima época. Com as saídas muito prováveis de Herrera e Brahimi e a venda obrigatória de, pelo menos, um ativo importante (Éder Militão é o que mais próximo está de sair), a SAD pretende garantir que Sérgio Conceição não perca mais titulares e possa desenvolver um trabalho novamente de continuidade em 2019/20.
Nesta altura, com exceção de Brahimi e Herrera e também de Casillas (tem opção no final da época), todos os principais jogadores do plantel estão seguros além da próxima temporada. A SAD quer, no entanto, premiar os melhores e criar condições para que estes não pensem nem se distraiam com as propostas que vão continuar a chegar. Os prémios agregados às renovações ajudam nessa estabilidade e as cláusulas não são relevantes, porque na realidade de pouco valem e estão todas cifradas em valores que, de nenhuma forma, o FC Porto poderia recusar. Se alguém as bater, além de um encaixe altamente invulgar, a SAD garante fundo de maneio para atacar substitutos de valor reconhecido. A título de exemplo, basta dizer que, com exceção de Hulk (60 M€) e James Rodríguez (45 M€) nenhum jogador a alinhar num clube português foi vendido acima dos 40 milhões de euros...