Antigo vice-presidente do Benfica considera que mesta altura da época ainda nada está perdido para a equipa da Luz, apesar da distância que já a separada dos rivais Sporting e FC Porto.
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Faz sentido a contestação a Rui Vitória vista na Madeira e à chegada da equipa a Lisboa?
- Para mim, não faz qualquer sentido, porque não é dessa forma que se ajuda a equipa a melhorar os resultados. Contestar quando se perde, é fácil, mas o que os adeptos devem fazer é estar unidos em torno da equipa e da estrutura. Estou triste com o empate da Madeira, não gostei, fiquei abatido e frustrado, mas nada está perdido. Quando uma família está zangada, é preciso apaziguá-la e estarmos unidos quando as coisas correm mal.
Com as condições que tem ao seu dispor, em termos de plantel, Rui Vitória deveria estar a fazer melhor trabalho esta época?
- Não podemos esquecer que o presidente Luís Filipe Vieira tinha prometido dar a Rui Vitória as mesmas condições que dera ao técnico anterior, mas reconheceu depois não o poder fazer. Embora não conhecendo Rui Vitória, sei que fez um bom trabalho no Vitória de Guimarães e nos outros clubes por onde passou; como tal, temos de dar tempo ao tempo. Eu acredito no técnico e mantenho a confiança nele, até porque tem havido também má sorte com as lesões de jogadores, como Nélson Semedo, Luisão e Salvio, para além de situações em que o clube foi prejudicado por arbitragens.
O Benfica está a apressar em demasia a entrada de jovens da formação na equipa principal?
- Julgo que não, apesar de achar que é preciso saber dosear, nem ser oito nem oitenta e conseguir um bom equilíbrio entre experiência e juventude. Os jovens que têm sido lançados estão a dar boa conta do recado, mas não podem ser lançados todos ao mesmo tempo. O dinheiro não é elástico e o Benfica não pode fazer como no passado, que era comprar estrangeiros a peso de ouro.