Declarações de Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, na antevisão ao jogo com o Portimonense, da ronda 25 do campeonato, marcado para as 18h45 de sexta-feira
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Goleada ao Benfica trouxe mais do que três pontos? "Não, porque também não há prémio de jogo. Só haverá se formos campeões. Foram três pontos e três pontos que não deixámos o adversário ganhar. E foi uma exibição convincente. As pessoas podem dizer que dá mais confiança, mas eu não embarco nisso. A confiança vem do trabalho diário. Depois, há jogos assim. Se em Barcelos tivesse acabado 6-1 ou 7-1 já se falaria de um momento de sonho para nós. Viveram-se momentos de grande tormenta por esse empate, ficámos todos muito frustrados. É verdade que podíamos ter feito mais na primeira parte, mas se olharmos para o jogo, foi um dos mais fáceis de chegar à baliza adversária. Contra o Rio Ave foi igual. Perdemos quatro pontos nesses dois jogos. A confiança tem que nascer e ser construída através do trabalho dos jogadores aqui, diariamente."
Mudanças de forma ao longo da época: "Há aqueles entendedores de futebol, que dizem que quando um ou outro joga... Mas quando o Francisco e o Nico iniciaram o percurso este ano, o momento deles não era este, tiveram de passar por algumas fases. Não tenho de bater à porta das pessoas a explicar o que se faz aqui. O Nico e o Varela chegaram com o campeonato a arrancar. Se perdemos dois amigáveis, já começam a torcer o nariz. Agora imaginem em competição, a sério. Empatar é uma derrota para nós. Fomos percebendo ao longo deste trajeto o que não ia correndo tão bem. Umas vezes acertámos, outras nem tanto. Mudámos a forma de jogar e, dentro do mesmo sistema, com outras nuances. Nós vamos trabalhando consoante as indicações que a equipa nos vai dando para formar um onze forte, competitivo, que nos dê garantias nos diferentes momentos. Se fosse um onze para ser espetacular, metia onze focas a jogar, com a bola no nariz. Isso não é possível. Tem de haver um misto e estar tudo muito bem articulado, porque há uma baliza para atacar e outra para defender. Tem de estar presente o tal equilíbrio, que é a base."
Otávio: "Fiquei surpreendido foi por outros jogadores não se adaptarem da forma que ele se adaptou. Se vamos buscar um jogador é porque o conhecemos muitíssimo bem em todos os parâmetros, em tudo o que faz em campo, termos de profissionalismo e depois como homem. Não me surpreende nada. É um jovem, tem muitas coisas a melhorar. E por ele saber e aceitar isso é que se torna ainda mais especial. Quando temos noção das nossas fragilidades é assim".