Comissão de Fiscalização dá parecer negativo a orçamento do Sporting: "Cheque em branco para aumentar passivo"
João Duque, Rita Garcia Pereira e Paulo Santos são três dos cinco elementos que integram a Comissão
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A Comissão de Fiscalização do Sporting emitiu um parecer negativo relativamente ao "Orçamento e Plano de Atividades" apresentado pelo Conselho Diretivo.
Em comunicado, assinado pelos cinco elementos nomeados por Jaime Marta Soares, presidente da Mesa da Assembleia Geral, a Comissão começa por sublinhar que a Direção recusou-se a receber os cinco elementos, como era seu dever, algo que impediu a reunião com o auditor.
Em seguida, os elementos pronunciam-se sobre o conteúdo e não esquecem o período que o Sporting atravessa. "De um modo geral, os pressupostos subjacentes ao orçamento parece significativamente otimistas, uma vez que não parecem repercutir qualquer efeito do conturbado momento que o clube passa." A Comissão destaca que a crise terá impacto na atividade do clube e no orçamento para 2018/19 e aponta algumas questões. "Acresce que as taxas de crescimento de receitas parecem exageradas; (...) o orçamento apresentado nunca é comparado com o executado no anterior exercício nem com o orçamento do exercício prévio, não se justificando a repartição modalidade a modalidade. O orçamento é, assim, opaco."
A terminar, a Comissão dá a sua opinião sobre o que deve ser feito em relação ao documento apresentado. "A ser aprovado, este orçamento constitui uma autorização à Direção para a sua execução que pode despoletar esse desequilíbrio com consequências muito negativas. A sua aprovação é um cheque em branco à Direção para aumento de passivo, agravado pelo facto de ser causado principalmente por despesas correntes. Do exposto, somos de parecer que o Orçamento seja reprovado."