Benni McCarthy recordou a passagem marcante pelo FC Porto e a fase menos boa sob a orientação de Víctor Fernández.
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Foi a meio da época 2001/02 que Benni McCarthy chegou ao FC Porto, a título de empréstimo do Celta de Vigo. O avançado sul-africano assinou por indicação de Octávio Machado, que deixaria o clube azul e branco pouco depois da sua chegada, mas, sob a orientação de José Mourinho, encontrou um novo fulgor.
"Marquei na estreia e vencemos, mas depois o treinador foi despedido. Não queria acreditar que o homem que me tinha levado para o FC Porto tinha sido demitido. Então substituiu-o um jovem [José Mourinho], que me disse: 'Benni, conheço-te e já te vi. Acho que és um jogador fantástico e quero que estejas comigo", começou por contar o antigo ponta de lança dos dragões ao "The Athletic".
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"Mourinho disse-me que podia falar sempre com ele. Comecei a chorar e pensei que aquilo ainda não me tinha acontecido na Europa. Estava a tratar-me como um filho e pensei: 'Não posso dececioná-lo, é a minha salvação'", acrescentou McCarthy, que regressaria ao Celta em 2002/03, para voltar a vestir de azul e branco em 2003/04 e conquistar a Liga dos Campeões pelo FC Porto:
"Quando regressei, riram-se e chamaram-me 'filho de Mourinho'", recordou o ex-futebolista, lembrando que, anos depois, Mourinho ainda o tentou contratar no Chelsea. No FC Porto, McCarthy conheceu outro treinador, Víctor Fernández, mas as memórias do espanhol vão no sentido oposto.
"Passei de conquistar a Champions para o meu pior pesadelo, um pesadelo de Freddy Krueger. Víctor Fernández tornou-se treinador do FC Porto. Fui ter com o presidente e disse-lhe que tinha de ir embora, que não jogava. Eles recusaram", rematou McCarthy, que foi o melhor marcador da I Liga em 2003/04.