Com Pote, Sarabia e Paulinho em simultâneo, Sporting chega ao golo mais depressa

A amostra ainda é curta, por motivos diversos que adiante se retratam em pormenor, mas já deixa antever um aumento de eficácia com o trio de ataque previsivelmente titular esta época - formado por Pedro Gonçalves, Pablo Sarabia e Paulinho - em campo em simultâneo e já consolidado.

Os três jogadores que formaram o ataque contra o Besiktas, na quarta-feira, somam apenas 281 minutos juntos no relvado, espalhados por quatro jogos, nos quais a equipa marcou nove golos, ou seja, com um tiro certeiro a cada 31".

Um registo que acelera a cadência de golos favoráveis aos leões, pois nos 1249" sem algum deles demoram mais 23" a marcar (faturam a cada 54", num total de 23 golos).

Parece estranho que só ao cabo de 17 jogos o triunvirato que Amorim tem em mente para o ataque comece realmente a consolidar-se e a dar frutos, mas há explicação.

Primeiro foi a chegada tardia de Sarabia, ao cair do pano do fecho do mercado de verão. O espanhol estreou-se somente a 11 de setembro no clássico contra o FC Porto, desafio já sem Pedro Gonçalves, que falhou um mês e meio de competição (cinco jogos) por lesão. Depois vieram os ciclos de jogos intensos, com rotações e gestão de esforço em jogos de Taça de Portugal e Taça da Liga... Daí que Pote, Sarabia e Paulinho somem os referidos 281" juntos (60" contra o Besiktas em Alvalade, 70" contra o V. Guimarães, 67" contra o Moreirense e 84" contra o Besiktas em Istambul).

A exibição de quarta-feira contra os turcos valeu mesmo a Pote a inclusão na equipa da semana da Champions e a discussão do prémio de melhor jogador (ganhou Lewandowski).

Nuno Santos, um dos três jogadores que participou até agora em todos os jogos dos leões (com Esgaio e Matheus Nunes), está a fazer uma boa temporada e a aparição deste triunvirato já o relegou para a segunda linha, tal como Jovane e Tiago Tomás.