Aos 25 anos, o guarda-redes fará a estreia em jogos grandes. Será o 21º na era Pinto da Costa e só dois perderam no primeiro: Bracali e Andrés Fernández.
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Se Sérgio Conceição não tiver reservado um golpe de teatro, José Sá fará o primeiro clássico da sua carreira na sexta-feira. Aos 24 anos, o guarda-redes prepara-se para subir ao relvado para um dos jogos mais importantes dos 162 que tem, entre oficiais e particulares, entre clubes e seleções. Em causa está a liderança do campeonato - o Sporting está a dois pontos e o Benfica a três - e os nervos podem apertar um pouco no momento de entrar em campo, mas os números jogam a favor daquele que será o 21.º guarda-redes da era Pinto da Costa a defender em clássicos do futebol português: só dois perderam na estreia nos clássicos, como se pode ver no quadro que publicamos ao lado.
Andrés Fernández e Bracali, um com o Sporting e o outro com o Benfica, saíram derrotados da primeira vez que defrontaram um grande de dragão ao peito, mas nenhum foi no campeonato e também nenhum deles foi habitual titular na baliza portista, como parece ser o caso de José Sá: surpresa no onze que perdeu em Leipzig, o português só falhou um jogo depois disso quando Sérgio Conceição o fez descansar numa partida da Taça de Portugal com o Portimonense.
A pressão será muita na sexta-feira, mas o keeper portista já não é propriamente um miúdo. E se os nervos apertarem pode sempre olhar para o histórico das estreias que é muito positivo
Fonseca, em maio de 1982, foi o primeiro guarda-redes a disputar um clássico depois de Pinto da Costa assumir a presidência do FC Porto e fê-lo com uma vitória (3-0) sobre o Sporting. Entre os nomes históricos da baliza portista só Helton e Casillas imitaram Fonseca e começaram a ganhar. Vítor Baía, Mlynarczyk e Zé Beto tiveram o mesmo desfecho: um nulo, sendo que no caso do polaco que defendeu na conquista da Taça dos Campeões Europeus, esse jogo com o Benfica marcou mesmo a estreia absoluta pelo FC Porto.
Na lista de 20 guarda-redes, apenas dois jogaram um clássico sendo mais novos do que José Sá. Aconteceu com Zé Beto (23 anos e um mês) e Vítor Baía (19 anos e quatro meses). O mais velho, já agora, foi Silvino que jogou um FC Porto-Sporting com 37 anos.