Central alcança em Barcelos "top-10" dos defesas com mais jogos pelo Sporting. Completa esta segunda-feira cinco anos desde a sua estreia oficial.
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Coates é, neste momento, o jogador com mais "Sporting" entre os que compõem o plantel de Rúben Amorim: sustenta-se esta afirmação na braçadeira que usa, na longevidade (a par de Palhinha, ninguém resiste há tanto tempo nas fileiras leoninas), mas principalmente nos números.
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Esses deixam o uruguaio, de 30 anos, a apenas um jogo de desafiar outros históricos do clube, uma vez que é essa a distância para que apanhe Manuel Passos na décima posição dos defesas com mais encontros oficiais pelos verdes e brancos; entrando, como está previsto, no onze para Barcelos, amanhã, empata com o antigo futebolista nos 225 encontros, ainda que o tenha alcançado em seis épocas contra as nove (de 1948-1957) que o atleta nascido na Madeira registou em Alvalade.
Para lá de desafiar o passado, mais ou menos recente - se cumprir todos os 17 jogos que ainda faltam até final de 2020/21 chega aos 241 de Pedro Gomes (ver info abaixo) -, importa explicar o quão determinante o experiente central tem sido no 3x4x3 de Rúben Amorim, onde atua como referência central na linha de três centrais, na qual se reinventou para um central muito mais moderno, que recorre menos aos duelos e ajuda, neste caso, o Sporting a cimentar-se como a defesa menos batida do campeonato, com apenas nove tentos sofridos. No dia em que Coates cumpre precisamente cinco anos desde a estreia oficial pelo Sporting (fez 90 minutos num 0-0 em Alvalade diante do Rio Ave, no qual viu um amarelo e formou dupla inicial com Paulo Oliveira e, na segunda parte, com Rúben Semedo), O JOGO publica o comparativo entre a época atual e a última, para esquecer com vários episódios de fundo, como os três penáltis cometidos sobre o portista Taremi, então nos vila-condenses. Com o novo técnico, encontrou o poço da tranquilidade.
Os números são a prova da versão melhorada
O levantamento dos dados já citados mostram-nos que de um ano para o outro, o sul-americano desceu a média de duelos defensivos de 5 para 3,8 por jogo, sinal que vai menos ao choque. Prefere controlar pelo ar, onde a percentagem de bolas ganhas subiu em 5%. Esta postura mais "limpa" fundamenta-se, também, na média de faltas (1.02 por jogo em 2019/20 contra 0.95 em 2020/21), assim como menos recurso ao alívio (3,2 contra 2,4). Até nas interceções percebemos que o Sporting controla melhor os adversários, remetendo poucas vezes para o último terço a recuperação da bola, algo que dá a Coates menor necessidade de intercetar, perdendo também menos bolas antes da divisória.
O JOGO também explica como Rúben Amorim o tornou numa das referências da primeira metade de época na qual o Sporting alcançou uma liderança "alargada" na I Liga. O 4 está muito mais moderno
Há, também, um por maior que destaca ainda mais o percurso do uruguaio pelo Sporting, o facto de só ter mais um defesa estrangeiro à sua frente nesta lista, Anderson Polga, que, disputando nove épocas em Alvalade, completou 342 jogos. Englobando outras posições, só Liedson, que entretanto até se tornou internacional português, se intromete entre o central brasileiro e Coates, com 313 embates disputados. Restam os golos: com três em 24 jogos esta temporada, o camisola 4 acumula já 19 nos verdes e brancos, subindo à quarta posição no ranking de defesas goleadores, primordialmente liderado por Morais (69), seguido de Lúcio (35) e Beto (25). O máximo do sul-americano num ano são seis (2019/20).