"Coates deve regressar à sua casa logo que assim o queira, terá as portas abertas"
Central tem contrato até 2024 com o Sporting, mas tem sido aliciado para terminar a carreira no Uruguai. Rúben Sosa, antigo jogador do Nacional, é mais um a pedir que o defesa vista de novo a camisola do clube.
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Muito desejado no Uruguai, especialmente no clube de coração, o Nacional de Montevideo, Coates mostrou-se ao serviço da seleção e marcou na vitória frente à Coreia do Sul (2-1), num jogo particular, em Seoul.
O capitão do Sporting abriu o marcador logo aos 10" ao elevar-se mais alto que os restantes e a converter com sucesso um canto de Valverde com um forte cabeceamento. A Coreia do Sul acabou por igualar aos 51" com golo de In-Beom Hwan, mas Vecino aos 63" assegurou a vitória uruguaia num jogo em que Ugarte também foi titular.
A exibição de Coates na seleção é só mais um motivo para aumentar a vontade dos uruguaios voltarem a vê-lo a jogar em casa. A cumprir a oitava época, capitaneia os leões com uma paixão difícil de igualar, tão bem expressa em cada jogo.
O central uruguaio tem, contudo, outro amor, o Nacional de Montevideo, onde cresceu desde muito novo, tendo já dado conta do seu propósito de regressar um dia para encerrar a carreira no gigante clube sul-americano. As portas têm sido abertas com frequência e, mais recentemente, foi o próprio presidente que confessou que o ia buscar com toda a honra ao aeroporto. Numa conversa exclusiva com o O JOGO, Rúben Sosa, uma das maiores lendas do Nacional, ainda hoje um orgulhoso técnico de definição, fazendo esse trabalho específico de finalização com todas as categorias do clube, também se curvou ao que seria a excelência de um regresso de Coates a casa.
"Conheci Seba [Coates] quando ainda era muito pequeno. Um rapaz muito sério que se fez um jogador muito profissional. Lembro-me bem como ele se envolvia pelo jogo e como adorava jogar futebol. Enfrentou dificuldades por ser muito grande, não foi fácil para ele em alguns momentos", recorda Rúben Sosa, duas vezes campeão da Copa América, fazendo parte da geração de Enzo Francescoli.
"Tem virtudes muito próprias mas, primeiro, está a sua responsabilidade em campo como líder, apaixonado por futebol e muito sério no seu compromisso. Tudo o que alcançou foi por mérito seu, ninguém lhe deu nada! É certo que batalhou muito. Deve regressar à sua casa logo que assim o queira, terá as portas abertas, ninguém lhe dará esse lugar por caridade", garante Rúben Sosa, hoje com 56 anos, chamado de "el principito" vencedor de quatro títulos de campeão uruguaio pelo Nacional.