Coates deu receita ao "chef" Matheus: a análise aos jogadores do Sporting no dérbi
Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do Sporting na vitória (1-0) sobre o rival Benfica, no dérbi da 16.ª jornada da I Liga.
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Adán 7
Duas defesas em remates à figura (aos 46" e 65"), fruto de bom posicionamento, e saídas assertivas dos postes em cruzamentos. A mais não foi obrigado. Cumpriu com segurança.
Neto 7
Não se acanhou nem com um amarelo ainda na primeira parte e manteve a postura de jogador rijo até ao fim. Esteve à beira do golo aos 40", num canto, e se aí não encontrou motivo para festejar, fê-lo no corte decisivo aos 90"+4" a assegurar o triunfo, na retaguarda e nas funções principais que lhe competem.
Coates 7
Mostrou estar já calejado em dérbis e nunca perdeu a compostura, sendo um capitão de corpo e alma, a vencer praticamente todos os duelos com o compatriota Darwin (apenas lhe deu espaço uma vez, aos 46", em lance que acabou com defesa de Adán). Fez alguns passes longos perigosos.
Feddal 6
Aos 62", por uma escorregadela que permitiu a Darwin sair em velocidade, ia borrando a pintura, mas Coates fez-lhe a dobra e tirou importância ao lance. Muito atento a compensar os movimentos de Nuno Mendes. Sem brilho, mas fez valer a sua experiência.
Porro 6
Sempre em sentido para não deixar Grimaldo cruzar ou rematar com perigo, apareceu poucas vezes na frente, mas quando o fez marcou a diferença. Aos 35" fez um remate que levava selo de golo que o compatriota desviou e nos descontos surge ligado ao golo dos leões, a cruzar antes do cabeceamento de Matheus Nunes.
João Mário 5
Deu nas vistas na fase inicial, em contracorrente a serenar o jogo quando este se desenrolava em ritmo muito acelerado. Tentou ligar sectores, libertou-se bem da pressão e combinou com precisão, mas desapareceu do jogo demasiado cedo.
Nuno Mendes 6
Autor de corte decisivo nos primeiros minutos a travar saída rápida de Rafa, esteve mais em foco na primeira parte. Na segunda cometeu deslizes, sem gravidade. Bem nos duelos com Gilberto.
Pedro Gonçalves 7
Foi o atacante leonino que teve mais discernimento no último terço, a criar desequilíbrios, e o que mais procurou o remate. Fez o primeiro disparo da equipa... à passagem da meia hora, e voltou a tentar a sorte aos 48". Contudo, foi com um ressalto, aos 74", que mais perto esteve do golo.
Tiago Tomás 7
Irrequieto, foi difícil de marcar e os amarelos que arrancou a Weigl e Otamendi são prova disso mesmo. Assistiu colegas com perigo em dois cantos, ao primeiro poste, e numa fuga em velocidade após roubo de bola a Vertonghen, mas faltou-lhe poder de fogo.
Nuno Santos 5
Bastante em jogo na hora que esteve em campo, mas longe das jogadas mais perigosas desse período. Desgastou o rival com as suas arrancadas e velocidade.
Jovane 6
Encarou os adversários e criou desequilíbrios com sucesso no um para um, como no lance do golo, no qual participou com cruzamento da esquerda perante dois rivais.
João Palhinha 6
Fez-se logo notar, primeiro a matar o jogo do rival no miolo, depois com remate perigoso.
Tabata 5
Manteve viva a jogada do golo a ganhar a Weigl de forma acrobática.
Daniel Bragança 5
Pouca influência.
A FIGURA
Matheus Nunes 8
Chamou-lhe um doce
Ganhou dimensão com o passar dos minutos e acabou a ser decisivo. Protagonizou chegadas perigosas à área, teve posse de qualidade, passes longos a rasgar a defesa rival e aproveitou a defesa incompleta de Vlachodimos para coroar a exibição com o golo da vitória. Numa partida em que o peso da ausência de Palhinha no onze gerava dúvidas na dinâmica e na capacidade defensiva do sector intermédio, teve de se aplicar, mostrar raça, mas também passeou talento e frieza. Antigo funcionário de pastelaria, graduou-se nos leões e virou "chef", chamando-lhe um doce ao brinde do guarda-redes grego.