Anúncio feito por Pedro Proença, presidente da Liga
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"Foi discutido o modelo de centralização dos direitos audiovisuais, colocando a data aspiracional de 2023/24 para que isso possa acontecer", disse esta segunda-feira, Pedro Proença, presidente da Liga, dando conta da intenção dos clubes profissionais de anteciparem para 2023/24 a centralização dos direitos televisivos da liga portuguesa.
"O decreto-lei do ano passado estipula 2028 como a data a partir do qual a centralização tem de acontecer e 2025 para a apresentação do modelo de negócio. Os clubes querem fazer antes e será aspiracional fazê-lo na época 2023/24", referiu Proença no final da Cimeira dos Presidentes.
"Foi feito o ponto de situação relativamente aos últimos cinco meses de trabalho, em que se falou com operadores, com um conjunto de stakeholders importantíssimo neste processo e a abertura de discussão deste modelo acontece. Todos mostraram grande disponibilidade para se sentar à mesa, discutir, conversar. Obviamente, ninguém quer sair a perder neste processo. Este será sempre um processo de inclusão e é por aí que as coisas vão passar", acrescentou.
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Pedro Proença deu ainda conta de um outro ponto discutido na reunião desta terça-feira, no Porto. "A possibilidade de fazermos um modelo de financiamento centralizado em que os clubes possam ter, a partir de junho deste ano, a possibilidade de aceder a uma linha de crédito que pode ir ate cem milhões de euros".
"Este programa de financiamento aparece no modelo idêntico àquele que aconteceu na La Liga . Basicamente, são receitas potenciais e futuras que a Liga possa, por sua via, centralizar e disponibilizar aos clubes, em três programas. Tem de um lado as receitas de participação em competições internacionais e também uma grande fatia que advém das apostas desportivas e que a Liga é receptora dessas verbas. Estando a Liga em condições de garantizar perante as entidades financeiras essa operação, o modelo torna-se muito mais fácil, e portanto, disponibilizando aos clubes esse modelo centralizado de financiamento", explicou.