Centralização dos direitos televisivos: Servir o Benfica revela estudo que aponta falhas no modelo
"O modelo proposto pelas autoridades públicas é prejudicial", vinca o documento.
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O movimento "Servir o Benfica" divulgou esta segunda-feira um estudo sobre a centralização dos direitos televisivos em Portugal e defende que " não existe qualquer vantagem para os clubes". "O modelo proposto pelas autoridades públicas é prejudicial" para os emblemas nacionais, vinca.
"A conclusão a que chegamos, dada a informação disponível no momento, é que a centralização irá contribuir para um nivelamento por baixo do nível competitivo, diminuindo a competitividade internacional e contribuindo para uma queda, não subida, das receitas da Liga Portugal. Calculámos que no caso de Benfica, FC Porto e Sporting, a quebra de receita será entre 10 e 25 milhões de euros (M€) por anom assumindo um modelo de redistribuição das receitas televisivas sugerido pelo diretor-executivo da Liga Portugal Tiago Madureira", pode ler-se no documento.
"O ganho na geração de receitas por via da negociação centralizada será, na melhor das hipóteses, residual. Em percentagem do salário médio, o custo dos dois canais que transmitem os jogos da Liga Portugal são cerca de 3.2, 2.6 e 4.6 vezes superiores aos verificados nas ligas inglesa, alemã e espanhola respetivamente, pelo que não acreditamos que haja margem significativa para aumentar a receita", refere. "Sem aumento de receitas, a adoção do modelo de distribuição referido anteriormente levará a uma diminuição do rácio de receita entre a sociedade que mais e a que menos recebe de 15/1 para cerca de 4/1, implicando uma perda média para Benfica, FC Porto e Sporting, dependendo de alguns critérios ainda por definir, entre 10M€ e 25M€ por ano. O Braga também sairia prejudicado, com uma queda de receitas de cerca 3.5M€/ano. Para os restantes clubes, estima-se que a receita aumente, pelo menos inicialmente, entre 3 a 6 vezes", continua.
O estudo perspetiva "uma diminuição da capacidade competitiva com consequências para a captação de receitas provenientes da participação nas competições europeias."
O Servir o Benfica, nas redes sociais, realçou que irá "promover a discussão pública" do tema e "disponibilizar o estudo completo aos sócios e à Direção do Benfica.".
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