Visão unânime dos representantes das 16 sociedades presentes numa reunião exclusiva desta competição, esta manhã, no Porto
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Representantes de 16 sociedades desportivas que compõem a II Liga - as exceções são FC Porto e Benfica, que atuam neste escalão com equipas B e, por isso, não marcam presença - reuniram-se esta manhã na sede da Liga, no Porto, abordando alguns desafios para o futuro.
Pedro Proença conduziu um encontro que teve como temas fortes a centralização dos direitos audiovisuais, a revisão da Lei contra a violência no desporto, a reformulação da Justiça desportiva, a criação de uma linha de financiamento para SAD e clubes, revisão das verbas pagas ao futebol referentes a apostas desportivas, redução dos custos de contexto e o reforço do reconhecimento do futebol nas pastas da economia e das finanças, considerados "os grandes desafios para o futuro do futebol profissional".
Segundo nota oficial do organismo, os clubes da II Liga "deram conta da necessidade da criação de uma estratégia comum, de forma a verem os seus interesses (e os do Futebol Profissional de uma forma geral) defendidos no decisivo ciclo que se aproxima, com mudanças que exigem uma ação unificadora, identificando o Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, como o eixo central na resolução dos temas há muito identificados como prioritários". Mas, segundo O JOGO apurou, os 16 representantes foram mais longe e, durante esta reunião, desafiaram de forma unânime o Pedro Proença a avançar para a presidência da Federação Portuguesa de Futebol, num ato eleitoral a realizar nas primeiras semanas de 2025, uma vez que Fernando Gomes termina o seu último mandato no próximo mês de dezembro. Proença insistiu na ideia de que apenas tomará uma posição após a próxima cimeira de presidentes, que deverá ter lugar em finais de novembro.
No final do encontro, vários dirigentes falaram aos canais oficiais da Liga e deram conta desse interesse comum. "Vamos entrar num novo ciclo e é importante que na Federação Portuguesa de Futebol esteja uma personalidade que tenha capacidade de gestão, liderança, organização e, sobretudo, que conheça bem o futebol nacional e também internacional. Não tenho qualquer dúvida, como hoje tivemos oportunidade de apreciar na reunião, que o Dr. Pedro Proença é a personalidade mais bem colocada para poder exercer essas funções e liderar o futebol português nos tempos que se avizinham", disse Carlos Mata, Diretor Geral do Tondela.
Horácio Bastos, presidente da Oliveirense, faltou também do "processo de transição" em curso no futebol português. "Vai haver eleições na Federação Portuguesa de Futebol e sabemos que o Dr. Fernando Gomes não se pode recandidatar. Desejamos que esta seja uma sucessão com alguém com provas dadas no dirigismo do futebol português há vários anos. As Sociedades Desportivas e os Clubes, certamente, apoiarão essa candidatura à Federação Portuguesa de Futebol e cabe-nos liderar o processo de substituição na Liga Portugal.”
“Sempre que temos líderes com as valências do Dr. Pedro Proença em instituições como a Federação Portuguesa de Futebol, por exemplo, ficamos tranquilos no sentido de que vamos continuar a evoluir e que o Futebol está no caminho certo, portanto apoiamos essa decisão”, frisou Joaquim Ribeiro, líder da SAD do Vizela, enquanto Carlos André Gomes, presidente do Marítimo disse mesmo esperar que o futuro presidente da FPF "seja Pedro Proença", por ter "a capacidade de fazer a ligação com a Liga e que haja sentido único e harmonia no sentido de desenvolver o Futebol Português". "Queremos um Presidente da Federação que tenha muita da vivência da Liga, como Pedro Proença, e que ajude a construir pontes com a própria Liga, da mesma forma que é importante levar para a Federação a experiência da Liga e a noção concreta dos problemas que os Clubes atravessam. Essas são as expectativas que nós temos”, realçou o dirigente dos insulares.