Frente ao Arouca, na sexta-feira, o médio brasileiro fez o jogo 500.º da carreira de futebolista.
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Claudemir chegou ao jogo 500 como profissional na receção ao Arouca, tendo recebido esta quarta-feira uma camisola alusiva ao número e um quadro evocativo das mãos de Tiago Dias, diretor geral do FC Vizela, e Pedro Albergaria, diretor desportivo.
O médio do Vizela saiu do Brasil com 18 anos e abraçou então o profissionalismo. Começou na Holanda, pelo Vitesse, onde disputou 80 jogos entre 2007/08 e 2009/10. No Copenhaga (Dinamarca) fez 184 desafios, entre 2010/11 e 2014/15. No Club Brugge, da Bélgica, entre 2014/15 e 2016/17, contou mais 90 e na Arábia Saudita, pelo Al Ahli Jeddah, disputou mais 30 desafios, em 2017/18.
Seguiu-se o Braga, onde fez 45 jogos em 2018/19 e 2019/20. Em Vizela conta com 23 partidas, o suficiente para atingir esta marca que deseja alargar.
"Nunca imaginei atingir os 500 jogos. Quero agradecer a todos os clubes por onde passei que me deram a oportunidade de jogar e confiaram no meu trabalho. E, em especial, agradecer ao Vizela que me deu esse presente de completar os 500 jogos", realçou.
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O que significa cumprir os 500 jogos?
"Tem um grande significado. No dia do jogo com o Arouca lembrei-me do meu pai, perdi o meu pai há sete anos. Lembrei-me do início da minha carreira, da luta que tive, por vezes ter que dormir na fila para pegar uma ficha para fazer um teste de futebol. Passam essas coisas na cabeça."
Que profissão tinha seguido se não fosse futebolista?
"Se não tivesse oportunidade de jogar a bola, com certeza que estava no mesmo ramo dos meus tios e do meu pai, que era trabalhar na construção."
Momento alto do percurso
"É difícil escolher um momento, mas tenho um na memória, da Liga dos Campeões, contra o Barcelona, pelo Copenhaga, em que marquei um golo. Foi memorável. Quatro anos depois faleceu o meu pai e até coloquei essas botas para irem com ele. É um jogo que marcou a minha carreira e, de certeza, também a minha família."
Vitória importante com o Arouca no jogo 500
"Foi um jogo especial por completar os 500 jogos, mas acima de tudo foi importante a vitória. Quero agradecer à equipa técnica, aos diretores e aos jogadores, porque sem eles nada seria possível."
Comemorar o triunfo e os 500 jogos com os adeptos também foi especial?
"Foi uma emoção diferente. Vínhamos de uma derrota e, por isso, foi uma grande emoção conseguir esse três pontos num jogo tão especial para mim."
Próxima meta: chegar aos 600 jogos?
"Quero ajudar o Vizela a concretizar o objetivo de garantir a permanência e, se Deus quiser, hei de conseguir chegar aos 600 e, jogando pelo Vizela, seria muito especial."