Di María e Iván Jaime foram os escolhidos em votação no site de O JOGO para decidir o encontro. Um nunca ganhou rival na Liga, o outro vai estrear-se.
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Quase dois meses depois do encontro na Supertaça, Benfica e FC Porto voltam a medir forças em campo. Apesar da vitória encarnada (2-0) no primeiro troféu da temporada, os dragões seguem na frente do campeonato ainda sem qualquer derrota e com mais um ponto. O jogo de hoje pode já baralhar as contas ou aumentar distâncias. Tudo vai ser decidido mais logo, às 20h15, no relvado da Luz, com os protagonistas em ação.
Desde a Supertaça houve mudanças nos plantéis e protagonistas das duas equipas. Para qualquer um dos escolhidos pelos adeptos para brilhar, vencer esta sexta-feira será uma novidade.
Além dos habituais destaques dos anos anteriores, como Taremi ou Rafa, o clássico desta época tem novos candidatos ao papel de decisor. Para os leitores de O JOGO, que votaram, durante a semana, num inquérito online, os jogadores que mais destaque terão esta noite são reforços: Iván Jaime, do lado dos portistas, e Di María, do lado das águias. Com diferentes características e em diferentes fases da carreira, os dois foram escolhidos como possíveis peça-chave para resolver o duelo.
FC Porto marca menos (10 golos), mas sofre menos (5). Benfica já conheceu o sabor da derrota, frente ao Boavista, e está a um ponto de dragões e Sporting
Apesar de estar agora a ganhar espaço no onze de Conceição, a chegada de Iván Jaime ao FC Porto foi uma das maiores alegrias dos adeptos portistas neste mercado de verão. O espanhol leva três jogos como titular, todos neste mês de setembro, tendo ainda um golo marcado, frente ao Gil Vicente, na última jornada. É por isso um dos jogadores que gera mais expectativa em relação ao que pode acrescentar neste primeiro embate com os encarnados. Do outro lado está Di María. Veterano, mas que nunca ganhou aos dragões na Liga. Com um impacto imediato na equipa de Schmidt, o argentino tem sete titularidades, cinco golos marcados e ainda uma assistência, tornando-se num dos elementos em que os adeptos depositam mais confiança para voltar a marcar aos portistas.
Dragão mudou mais desde agosto
O JOGO analisou as escolhas dos treinadores na Supertaça e, entre mudanças tornadas inevitáveis pelo mercado e opções técnicas, a conclusão é clara: Sérgio Conceição foi o que mais mexeu na equipa.
Começando pelo anfitrião, a mudança mais gritante reside na baliza. Vlachodimos saiu, entrou Trubin, após a transição assegurada por Samuel Soares. Na defesa, Ristic rumou ao Celta de Vigo e Aursnes juntou a posição de lateral esquerdo à folha de serviço. Já no miolo, Schmidt tem promovido alguma rotação, mas sem fugir ao duplo-pivô com Kokçu intocável. Quanto ao ataque, na Supertaça foi Rafa a desempenhar o papel de homem mais adiantado, mas o 27 das águias retornou à posição natural, com Musa a assumir-se como referência. Di María e João Mário têm sido peças habituais nas alas, ainda que Neres esteja à espreita após excelente exibição em Portimão. O desenho, esse, não mudou.
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Do lado azul e branco, o cenário é outro. Os princípios de jogo privilegiados por Conceição podem não ter sofrido grandes alterações, mas houve troca de peças. Desde logo porque o mercado levou Otávio. Sem substituto direto, o técnico reorganizou o desenho, cimentando Alan Varela e Iván Jaime no onze. Além de Otávio, Pepê e Grujic, por opção, Marcano e Zaidu estão lesionados - como Namaso, já recuperado -, não têm sido opção. Em sentido inverso, David Carmo, Wendell e André Franco subiram de patamar.
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Pode, portanto, dizer-se que o Benfica chega ao clássico com a espinha-dorsal praticamente intocada, algo que o FC Porto não pode dizer. O provérbio diz que "quem muda, Deus ajuda" e Sérgio Conceição torce para que se cumpra. Roger Schmidt espera, claro está, contrariá-lo. Os dados estão lançados, mas a decisão final está nas mãos dos dois treinadores, que vão concentrar os olhos de milhões de adeptos, mas não só: Inter e Barcelona, adversários que se seguem nas agendas de águias e dragões, também estarão atentos.