"Chumbo não tem consequências, mas foi aviso à Direção"

Candidato anunciado à presidência do Benfica, Bruno Costa Carvalho recorreu ao Facebook para comentar o chumbo ao orçamento do clube encarnado. "A primeira conclusão a tirar aqui é que, apesar do tão desproporcional peso dos votos, quem manda no Benfica ainda são os sócios", começou por referir.

"A segunda conclusão é que estes estatutos são péssimos. Este chumbo não tem quaisquer consequências. Evidentemente que a Direção deveria ser obrigada a preparar outro orçamento e submetê-lo de novo a votação. Mas isso provavelmente não acontecerá. Deste modo, o Benfica viverá com um orçamento que os sócios não aprovaram", disse, relacionando o veto com o momento no futebol.

"A verdade é que, apesar do orçamento ter falhas importantes quanto às modalidades, o seu chumbo teve, evidentemente, a ver com a situação desportiva que o Benfica vive no futebol. Uma situação lamentável que nos põe perante a possibilidade de perdermos dois campeonatos em três anos para um clube falido quando nós, após vendermos mais de 200 milhões de euros em jogadores, não soubemos ou não quisemos reforçar, convenientemente, a nossa equipa", sublinhou.

"Este chumbo foi um aviso à Direção, mas, na minha modesta opinião, sendo este um ano eleitoral, a vontade dos sócios deveria ter-se expressado nas eleições e não agora. É nas eleições que as coisas podem verdadeiramente mudar. Este chumbo, ao contrário das eleições, é inócuo", prosseguiu o empresário, com uma nota sobre o voto eletrónico.

"Apesar da votação de ontem [sexta-feira] poder parecer que o voto eletrónico saiu credibilizado, eu mantenho as maiores dúvidas sobre esse método e tenho razões muito fundadas para as ter. Ontem [sexta-feira] a votação tinha pouca importância prática. Quando for a doer, é muito importante que haja a possibilidade de recontagem dos votos. Isso só se consegue com um voto físico ao mesmo tempo do eletrónico, prevalecendo sempre o voto físico em caso de recontagem".