Musa é o jogador que mais marca (4) a entrar durante o jogo, mas foi Chiquinho o primeiro suplente a decidir na Liga.
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Num jogo que estava difícil de resolver, foi através do banco que Roger Schmidt conseguiu conquistar a vitória.
Não foi à primeira, já que as entradas de Guedes e de Gilberto pouco alteraram, mas sim à segunda, quando fez entrar Chiquinho e Musa.
Da cabeça do médio português surgiu o golo tão procurado, o primeiro, esta temporada, no campeonato, a sair do banco de suplentes para desbloquear um jogo na Liga.
Esta época só por três vezes a chave para desencravar o jogo dos encarnados estava no banco, nenhuma delas em jogos para a Liga. Aconteceu com o Midtjylland, na qualificação para a Liga dos Campeões, em que foram Henrique Araújo, entrado ao intervalo, e depois Diogo Gonçalves (entrou aos 79") a marcarem os golos da vitória (3-1). Já com o Caldas, para a Taça de Portugal, foi Musa, que tinha sido lançado para a segunda parte, quem marcou o golo do empate, numa partida em que o Benfica acabou apurado no desempate por penáltis. E ainda, já na fase de grupos da Liga dos Campeões, com o Maccabi Haifa, em Israel, os encarnados começaram a perder e foi Musa, entrado aos 59", quem empatou o jogo e empolgou para a goleada 6-1.
No campeonato, o banco também não tem sido a maior fonte de rendimento. Até ao encontro com o Gil Vicente só 10% dos golos tinham origem nos suplentes. Dos 71 tentos na Liga apenas oito foram marcados pelas opções secundárias de Schmidt, com Musa a ser o máximo goleador nessa condição - frente ao Rio Ave, Chaves, Boavista e Arouca - e Ristic, com o Estoril, Gonçalo Guedes, frente ao Santa Clara, Draxler, contra o Marítimo, e agora Chiquinho a fazerem também parte da lista, mas nenhum deles antes do camisola 22 tinha marcado um golo desbloqueador do resultado. Ao nível das assistências também não é de fora do onze titular que é costume saírem soluções. São apenas sete os passes certeiros para golo com novo destaque para Musa por duas vezes. Assim como Neres (2), Bah (2) e Florentino que assistiram vindos do banco.
Há dois anos sem marcar de cabeça
Com 1, 75 m, Chiquinho não é o jogador que mais desestabiliza no jogo aéreo, costumando até ser um dos que fica mais recuado, no apoio à defesa, nos lances que exigem duelos na área ofensiva. O médio tem ao todo 38 golos na carreira, apenas três foram de cabeça. O primeiro aconteceu ao serviço do Leixões numa vitória frente ao Cova da Piedade para a II Liga, em 2017. Voltou a fazê-lo, quatro anos depois, já com a camisola do Benfica, em janeiro de 2021, após uma assistência de Pizzi, marcando o único golo dos encarnados num empate com o Nacional (1-1) para o campeonato.