César Boaventura acusado: "Falta de coerência e de respeito pela instituição Benfica"
O despacho, a que O JOGO teve acesso, recorda que as abordagens aos jogadores tiveram lugar dias antes do Rio Ave-Benfica, disputado a 24 de abril de 2016 (31ª jornada) e Marítimo-Benfica, realizado a 8 de maio e referente à 33ª jornada.
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O empresário César Boaventura é acusado de três crimes de corrupção ativa e um outro de forma tentada em benefício do Benfica. A conclusão é do Ministério Público.
Em causa, indícios recolhidos de que César Boaventura aliciou ou tentou aliciar os jogadores Marcelo, Cássio e Lionn - então atletas do do Rio Ave - e ainda Salin (na altura guarda-redes do Marítimo), para alterar ou falsear o resultado de jogos, com fim a beneficiar o Benfica na época de 2015/16.
Confrontado por O JOGO, que teve acesso ao despacho, César Boaventura fala em falta de coerência da acusação: "Em momento algum corrompi qualquer jogador. Esta falta de coerência de uma acusação, em que em momento algum existiu qualquer tipo de aproximação a atletas para aliciar, só vem comprovar a falta de respeito que existe por agentes desportivos e, acima de tudo, pela instituição Sport Lisboa e Benfica que, perante a minha pessoa, sempre se regeu pelos principais valores de honestidade e que, em momento algum, tentou ou abordou para qualquer tipo de ilícito, seja ele de que tipo fosse", disse o empresário.
"E por não ser verdade e por tal frágil acusação, que inclusive fala de proposta por um atleta [Salin] apresentada por um clube da Turquia, dizendo que não o cheguei a abordar por corrupção. Mas, mesmo assim dizem que era essa a minha intenção. Quanto aos outros, dois [Cássio e Lionn], proferiram declarações em tribunal, sob juramento, a dizer que só me conheciam estritamente como profissional e não tinham qualquer problema comigo. E um deles [Lionn], condenado por difamação, pediu um acordo, que não foi aceite, e desde aí se encontra no Brasil sem poder ser notificado. Confio plenamente na nossa Justiça e sei que a justiça far-se-á, para isso é que ela existe", concluiu.
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