Domingos Soares de Oliveira faz mira a uma campanha positiva das águias na Liga dos Campeões 2019/20 e aborda as críticas dos rivais às arbitragens ao longo do campeonato.
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Uma boa campanha na Liga dos Campeões em 2019/20 é vista como "fulcral" para o Benfica, recém-coroado campeão nacional, de acordo com Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD encarnada e CEO do clube da Luz.
Em entrevista ao programa Eco24, da TVI, o dirigente das águias apontou aos oitavos de final da prova milionária na próxima época e lembrou mesmo o FC Porto de 2003/04, que venceu a Champions com José Mourinho ao leme.
"É fulcral estar no espaço europeu e o nosso projeto é olhar para os nossos concorrentes como os clubes que estão a um nível mais elevado na Europa. É fulcral estar nos oitavos de final e depois qualquer coisa pode acontecer, mas temos de perceber que o último clube a vencer uma Champions não estando no lote das cinco maiores ligas foi o FC Porto em 2004", referiu Soares de Oliveira, falando do desequilíbrio de orçamentos que pauta o futebol português:
"Em termos nacionais a desproporção de orçamentos é muito grande, mesmo não contando com o que se vai buscar em termos internacionais. Em termos de receitas, muitos clubes portugueses veem-se atrapalhados para chegar a 4 a 5 milhões de euros. O nosso campeonato nesse ponto de vista é completamente desequilibrado e não por os direitos televisivos não serem negociados de uma forma centralizada (como é que essa negociação é feita, quem é que a faz e o mercado português esteve inquinado durante algum tempo em relação a essa matéria), é porque há clubes na I Liga que têm uma dimensão muito reduzida", assinalou, antes de concluir com uma análise às críticas dos rivais sobre a arbitragem ao longo do campeonato.
"Foi uma vitória justa. Erros? Uma campeonato é uma prova de resistência, não se decide pelo jogo A ou B, pode haver um erro a nosso favor no jogo A e depois no B a favor do nosso adversário. Nas lutas diretamente com os principais rivais, ganhámos praticamente todas. No ponto de vista de eficácia, voltámos quase aos anos 60/70. Uma pessoa honesta não coloca em causa o resultado deste campeonato, porque eu sei que é desagradável para os nossos adversários, mas ver a performance que tivemos é difícil para eles. É um campeonato irrepreensível", rematou Domingos Soares de Oliveira.