Manuel José explica a O JOGO as falhas e soluções de uma equipa que tem um golo sofrido por jogo no campeonato.
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Com dez golos sofridos em igual número de jogos no campeonato, o Sporting apresenta um registo defensivo longe do esperado. E apenas em três jogos a equipa de Marco Silva terminou sem sofrer.
"Os resultados do Sporting explicam isso: muito dificilmente uma equipa que sofre tantos golos e em tantos jogos pode ser candidata ao título. E os golos têm acontecido sobretudo pelo centro da defesa. O Maurício, que na sua primeira época na Europa se apresentou muito forte na marcação e teve uma campanha quase sem mácula, tem estado desastroso; a saída do Rojo teve muito peso. O Sarr também tem tido uma série de problemas e agora surge o Paulo Oliveira, que tem parecido o mais estável, mas ainda é muito jovem", comentou Manuel José a O JOGO, referindo-se à qualidade dos centrais.
"Tem a ver com a falta de qualidade dos centrais. Dou o benefício da dúvida ao Paulo Oliveira, que, apesar da inexperiência, procura solidificar a sua posição - penso que vai dar um bom central. Mas os centrais têm tido uma influência decisiva no índice de golos sofrido, sem sombra de dúvidas. A começar pelo empate em cima da hora com o Maribor; o Sarr também fez um autogolo contra o FC Porto; a própria expulsão do Maurício em Gelsenkirchen, contra o Schalke, mostra essa intranquilidade. Mas o meio-campo também tem culpa: agora as equipas têm de defender em bloco e atacar em bloco", sublinhou o treinador, falando também do trabalho que deve ser feito pela equipa.
"Tem de haver uma consciencialização coletiva da equipa, que sabe que tem ali o seu calcanhar de Aquiles. Os problemas têm acontecido, em última instância, no centro da defesa, mas se houver um apoio efetivo dos médios, sobretudo, mas também, até, dos avançados, as probabilidades de sofrer golo descem consideravelmente. Todos têm de ajudar. Só assim os centrais não estarão tão expostos, vão serenar e fazer melhor o seu trabalho", rematou.
