Começa este sábado o quarto escalão do futebol português, que reúne 56 emblemas, dos quais só quatro conseguirão a subida de divisão
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Arranca, na tarde deste sábado, o Campeonato de Portugal com dois jogos na série B e outros dois na série D. O quarto escalão do futebol português reúne 56 emblemas participantes e estende-se de norte a sul, do litoral ao interior, passando por Madeira e Açores.
É o campeonato mais representativo no panorama desportivo do nosso país e visa apurar os quatro clubes que subirão à Liga 3, no final da temporada. Os 56 participantes foram distribuídos por quatro séries de 14 cada. Jogam todos contra todos a duas voltas, sendo que os cinco últimos descem aos distritais e os dois primeiros passam à fase de subida. Aí, a promoção parte-se em dois grupos de quatro equipas, com os dois primeiros a carimbarem o salto para a Liga 3. E, para fazer cair o pano, os vencedores de cada etapa de promoção jogarão a final do CdP para saber quem irá suceder ao Lusitano de Évora como campeão da competição.
Muito Minho e madeirenses na série A
A redistribuição dos clubes insulares em 2025/26 colocou os madeirenses na série A. Camacha, Machico e Ribeira Brava, vindo do Distrital, são os representantes num agrupamento com seis conjuntos minhotos: Monção, Limianos, Brito, Celoricense, Vilaverdense e Vianense. O Vilaverdense caiu da Liga 3 e a constituição da equipa está envolta numa enorme indefinição. A piscar o olho aos lugares cimeiros estarão, seguramente, Tirsense, pelo peso histórico que carrega e Bragança - ficou em terceiro na fase regular de 2024/25 -, mas não faltarão terrenos perigosos como Limianos, Brito, Vianense e Mirandela.
Históricos em agrupamento temível
A série B ajuda a dar o pontapé de saída do Campeonato de Portugal e logo com um dérbi entre Anadia, relegado da Liga 3, e Beira-Mar. Em Gouveia, os lobos da serra recebem o Salgueiros na outra partida do dia. A série B é tradicionalmente uma das mais fortes do CdP. O Leça foi à fase de subida na pretérita temporada, o Salgueiros luta por esse objetivo há vários anos, o Beira-Mar passou a ter uma SAD para atalhar caminho rumo à elite, onde já esteve, o Anadia quer voltar rapidamente ao terceiro escalão, mas depois também há o União de Lamas, que passou igualmente pela II Liga, e o Rebordosa, habituado a fazer temporadas consistentes.
Série C: estreantes, regressos e um conhecido
A presença da Naval, agora designada Naval 1893, depois da refundação em virtude da falência da extinta Naval, é uma das notas de destaque na série C. A turma da Figueira da Foz fará a estreia no CdP, bem como o Samora Correia e o Lajense, da Ilha Terceira. Ora, é mais ao centro do país que este ano se reúnem os clubes dos Açores, sendo que o Lusitânia é o outro representante do arquipélago. O Oliveira do Hospital - desceu da Liga 3 - é um nome a ter em conta, mas o projeto do Fátima, que foi à fase de subida em 2024/25, também promete dar cartas. Outros nomes rotinados como Peniche, Marinhense, Mortágua e o Benfica e Castelo Branco tentarão ser protagonistas.
Lisboa, margem sul e Algarve
A série mais a sul do país concentra um conjunto de clubes da zona de Lisboa, da margem sul e do Alentejo e Algarve. Há a destacar o regresso do Oriental, um histórico, e a estreia do Portimonense B. O Elvas surge como teórico favorito, uma vez que lutou pela subida até à derradeira jornada de 2024/25. No entanto, Louletano e Moncaparachense são velhos conhecidos neste escalão e, no Alentejo, Serpa e Juventude de Évora terão uma palavra a dizer, assim como o Sintrense, com várias presenças na prova.
Este agrupamento também arranca hoje, com o Alcochetense-Serpa e o O Elvas-Vasco da Gama da Vidigueira.