Caso do Aves "só dá razão aos que dizem: ao ponto que chegou o futebol português"
Presidente do Paços de Ferreira lamenta mais uma polémica e visa a Liga e o Sindicato dos Jogadores
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O presidente do Paços de Ferreira, equipa que luta pela permanência na I Liga, manifestou-se hoje, em curta declaração a O JOGO, sobre a posição do Aves, que anunicou falta de comparência na última jornada da I Liga, que favorecerá o Portimonense (a fugir à despromoção) com os três pontos da partida: "Só dá razão aos lamentos dos que dizem: ao ponto que chegou o futebol português".
"Esta situação do Aves [salários em atraso e saída de jogadores alegando, por isso, justa causa] já se arrasta há alguns meses. A Liga devia ter tomado medidas para que isto não acontecesse", disse Paulo Meneses, referindo-se aos procedimentos de controlo salarial regulamentares.
E não poupou, também, o Sindicato dos Jogadores: "Devia preocupar-se com esta situação e não com outras que oferecem protagonismo individual", aludindo a recente polémica com Joaquim Evengelista, presidente da organização sócio-profissional.
O Paços de Ferreira tem mais cinco pontos que o Portimonense, Vitória de Setúbal e Tondela, assim como mais três que o Belenenses, e ainda não está livre da despromoção, tal como essas equipas.
O Aves anunciou esta manhã que não jogará a 34:ª jornada da prova, em partida frente ao Protimonense. A eventual falta de comparência oferecerá três pontos aos algarvios e, por acontecer numa das últimas três jornadas da prova, fará com que o Aves (último classificado e já despromovido) perca todos os pontos da época. Entretanto, o próprio comunicado do Aves poderá ser sujeito a interpretação disciplinar pesada, se for entendido como abandono da competição.