Casillas e a titularidade perdida em 2017/18: "O treinador tinha as suas razões"
Guarda-redes espanhol perdeu a titularidade para José Sá durante parte da época passada.
Corpo do artigo
Iker Casillas não guarda ressentimento da decisão de Sérgio Conceição em colocá-lo no banco de suplentes durante boa parte da temporada passada. Em entrevista ao Expresso, o guarda-redes falou sobre a titularidade perdida para José Sá, entretanto cedido ao Olympiacos, e garantiu que não ficou chateado com a opção do treinador.
"O treinador tinha as suas razões. Considerava, talvez, que eu não estava bem, optou por outro companheiro, o que é naturalmente respeitável e, aí, o que tens de tentar fazer é pensar no que podes e deves melhorar para voltares a competir pelo lugar. Às vezes é um estímulo ver de fora os teus companheiros, porque cria-te um obstáculo e ter um obstáculo aos 36 anos é bom. Sobretudo para mim, que sempre gostei de ter obstáculos na vida", afiançou Casillas, aprofundando:
"Tens que dar mais. Este balneário sabe perfeitamente que gosto que olhem para mim como mais um. Não estou a olhar para trás, para a carreira que tive, ou para os troféus. Sempre disse aos companheiros que pela veterania, sim, sou o mais velho, mas o que gostava era de ganhar um campeonato com o FC Porto. Que o que queria era ganhar uma taça com o FC Porto. O que me aconteceu antes não serve de nada. O currículo não me garante jogar todos os fins de semana. O que faz com que jogue é treinar bem. Isso sim, é o meu dia a dia. Se olhar para trás e vir o Mundial, os dois Europeus, as cinco ligas com o Real Madrid e as Champions, o mister diz que sim, pronto, pelo palmarés tens que jogar - mas o que interessa é demonstrá-lo dentro de campo. Peço-lhes sempre o mesmo: quem não olhem para mim pelo que fui, mas pelo que sou. Que não olhem para o nome, nem para o bilhete de identidade", rematou o experiente guardião espanhol.