"Carvalhal fez-me sentir bem, como que a brincar com a liberdade de uma criança"
Em 27 anos de carreira, com dois de paragem para reflexões, Carlos Carvalhal atinge as bodas de prata aos comandos de uma equipa, com muitos talentos potenciados e razões para continuar a sorrir
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Baixinho e ágil, hábil como poucos com a bola nos pés, Barry Bannan continua a ser figura central do Sheffield Wednesday, que ajudou a voltar esta época ao Championship. Com Carvalhal também conheceu um período de glória, quando em Wembley esteve às portas de estrondoso êxito que seria a subida à Premier League, hipótese que caiu perante o poderio do Hull City.
Em duas épocas e meia com Carvalhal, o médio ofensivo fez cerca de uma centena de jogos sempre em alto rendimento, pelo que guarda as melhores recordações do técnico minhoto. “Foi excelente para mim encontrar o Carlos naquela altura da carreira. Deu-me liberdade para voltar a desfrutar do meu futebol. Fez-me sentir bem, como que a brincar com a liberdade de uma criança”, relata Bannan, que lembra o maior ensinamento que recebeu do português durante esse período. “O melhor conselho que me deu foi dizer-me para fazer apenas o que queria em campo, ter sempre a bola em minha posse e colocá-la onde quisesse. Mas também queria a minha garantia que, quando a perdesse, seria o primeiro a reagir”, recorda.
Bannan continua a acompanhar de perto o percurso de Carvalhal, realçando a O JOGO que o treinador do Braga “tem condições para trabalhar ao mais alto nível”. “Defende um estilo de jogo que se adapta ao futebol moderno. As equipas deles querem pressionar na frente e praticar um bom espetáculo para os adeptos. Ele é um apaixonado pelo jogo e tem espírito vencedor. É um treinador incrível e é com orgulho que digo que trabalhei com ele”, remata o criativo escocês.