Treinador do Braga abordou, esta segunda-feira, em conferência de imprensa, o jogo de amanhã, com o Braga e, apesar de as equipas voltarem a encontrar-se à porta fechada, devido às restrições impostas pelo combate à pandemia de covid-19, defende que "estão reunidas as condições para um grande dérbi".
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Explorar debilidades: "É um dérbi e nos dérbis nunca há favoritos, sejam quais forem as circunstâncias. São jogos extremamente disputados, 50/50. Temos a consciência de que este será difícil. O Vitória de Guimarães tem uma boa equipa e, com os seus argumentos, vai tentar levar pontos de Braga. Do outro lado estará uma equipa muito motivada, consciente, com os pés bem assentes no chão, e que sabe o que tem de fazer para ganhar o jogo. O Braga terá uma atitude competitiva forte, tentará jogar bem e vai explorar as exibições do adversário. O Vitória tem debilidades, como as outras equipas. Vamos tentar explorá-las ao máximo, fazendo um jogo muito completo e ganhar".
Cinco baixas e a força do coletivo: "Forçosamente, cinco jogadores não vão estar presentes neste jogo. Quem diria? Após a primeira volta do campeonato, quase meia equipa não estará disponível. Um dia as pessoas vão entender que o futebol é um jogo coletivo e que uma ideia valorizada pelos jogadores faz sobressair todos aqueles que entrarem dentro dessa ideia. Essa é a base dos desportos coletivos. Por muito que se olhe para as individualidades, há sempre um fio condutor que faz com que os jogadores percebam o que se pretende e, dentro dessa dinâmica, se valorizem. Eu sei que isto é difícil de entender, mas um dia as pessoas vão perceber que as coisas são mesmo assim. Por muito que se olhe para as individualidades, há um coletivo, há uma junção de 11 jogadores com os outros. E tudo isso cria uma energia positiva de ligação, cumplicidade, atitude, responsabilidade, de querer ganhar. Isso é muito mais do que a soma das individualidades. É nisso que temos apostado desde o início, partindo de uma ideia boa e simples, para que os jogadores a entendam, que a persigam e que lutem por ela até ao último segundo e até à última gota de suor".
Passado e futuro: "O passado não joga. Só estamos focados no jogo de amanhã, não pensamos em mais nada à volta do jogo ou das consequências desse jogo. Estamos muito focados no V. Guimarães e, fundamentalmente, naquilo que temos que fazer dentro das quatro linhas durante os 90 e tal minutos que o jogo durar. Esse é o nosso foco e estamos a preparar o jogo da forma mais específica possível, percebendo os pontos fortes do adversário e as suas debilidades e depois fazer com que o nosso jogo possa sobressair, escondendo também os pontos fortes do Vitória. O passado, o que anda à volta do jogo, as consequências, a pontuação e a classificação não são importantes. Nunca foram importantes para nós, desde o início, e não vai ser diferente neste jogo, nem nos outros".
Dérbi sem adeptos: "Gostaríamos muito de ter adeptos neste jogo. Embora a presença deles não se faça sentir no estádio, nós sentimo-los no dia-a-dia, na atmosfera que anda à volta do clube. Sentimos fortemente isso. Não vão estar presentes, mas será como se estivessem. Lamento. Com eles seria um dérbi absolutamente fantástico, mas também não vai deixar de ser porque o Vitória tem a necessidade de vencer e nós também temos muita vontade de ganhar jogos. Estão reunidas as condições para um grande dérbi".