Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Braga, na antevisão ao jogo com o Sheriff, da segunda mão do play-off da Liga Europa, com início às 20h00 de quinta-feira.
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Expectativas: "Em sete jogos da Liga dos Campeões, o Sheriff só perdeu com o Inter de Milão. Fez um percurso excelente na Champions, especialmente fora de casa. Agora, depois de uma derrota por 2-0, vai ser ainda mais difícil do que seria se tivéssemos empatado a zero. Acreditamos que vamos passar e não são palavras de circunstância. Vamos de coração lá para dentro, fazendo de tudo para conseguir vencer e passar a eliminatória. Os jogadores terão de estar no limite, no seu melhor, e precisamos do apoio dos adeptos e que perdoem os nossos erros. Sempre que um jogador é aplaudido, sobe de rendimento. É com esse espírito positivo que vamos jogar: que seja uma vitória de toda a gente, da equipa e da massa associativa. Vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para seguirmos em frente na competição."
Noite de superação e estratégia traçada: "Temos que olhar para o jogo que lá fizemos, sabendo que o adversário é muito forte nas transições ofensivas. Não olhamos para o jogo só na perspetiva de atacar. Já no processo ofensivo, sabemos bem aquilo em que não estivemos bem na Moldávia, mas o relvado também estava seco e a bola não rolava. Aqui a bola vai rolar mais depressa e o nosso jogo poderá ser mais fluído. Teremos de ter o cuidado, porém, porque a relva estando mais rápida também beneficia as transições do adversário. Em 90 minutos, muita coisa acontece. Temos que estar preparados para atacar e para defender quanto não tivermos a bola. As melhores equipas são as que dão as melhores respostas para cada momento. O nosso objetivo, reforço, é superar este difícil obstáculo e desafio em função do resultado negativo da primeira mão."
A desvantagem de 2-0: "A nova regra da UEFA favorece a equipa que está em desvantagem. Antes um golo valia por dois, agora não. Temos um diferencial negativo de dois golos e há que equilibrar as contas, passando depois para a frente. Temos pela frente uma tarefa muito complicada que é proporcional à nossa vontade de ganhar a partida e seguir em frente na competição."
Uma eventual eliminação: "Eu só acredito na passagem do Braga. Percebo as questões, mas as condições atuais também são diferentes da época anterior. Os pressupostos são diferentes. Esta equipa está em transformação, temos muitos jovens. Quase não houve alterações e a aposta na formação dura quase desde a época passada. Mais de 60% dos jogadores tem menos de 21 anos, julgo eu. Há diferenças significativas. Temos a obrigação, ainda assim, de vencer todos os jogos. Foi por isso que ganhámos no Dragão e na Luz na época passada e em Alvalade já nesta temporada. Mas não estamos sozinhos nas competições, nem sempre é possível ganhar."
A aposta em Rodrigo Gomes: "Depositamos grandes expectativas nele. Tem apenas 18 anos, já se estreou na época passada com 17 anos, tem vindo a confirmar a sua competência e tem correspondido. Mas não é por ser jovem que tem jogado na primeira equipa. Foi assim que o David Carmo apareceu há dois anos, e depois o Vitinha e o Moura, entre outros. Tem merecido as oportunidades que lhe temos dado. Vai continuar a ser opção, mas nesta equipa não há titulares e suplentes. E nem todos os jogadores recuperam de forma igual. Aliás, em Tondela fizemos alterações por isso mesmo e alguns dos que entraram até foram decisivos. Vamos canalizar todas as nossas energias para o jogo de amanhã, passando aos oitavos de final da Liga Europa."
Equipa mais inclinada para o ataque? "Só as dinâmicas é que se alteram. A lesão do Sequeira já nos fez alterar a dinâmica da equipa, tornando-se mais fixo um jogador na defesa. Mas temos conseguido seguir o nosso caminho. Amanhã não vamos alterar a nossa forma de jogar, criaremos antes diferentes dificuldades ao Sheriff em relação ao que fizemos na primeira mão. Vai ser difícil abrir a defensiva contrária, mas estamos apostados em fazê-lo."
Baixa de Paulo Oliveira: "Não lamento as ausências, lamento apenas pelo Paulo Oliveira no sentido de não poder jogar."
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