Declarações do treinador do Braga depois do triunfo por 2-0 em casa do Celtic, na segunda jornada da Liga Europa
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A vitória: "Estou muito contente, sobretudo por aquilo que os jogadores fizeram. Depois do jogo contra o Nacional, eles estiveram conscientes do nível que tínhamos de apresentar e que não podia ser nada parecido com aquilo que fizemos naquele dia. Eles eram os primeiros a precisar de uma nova oportunidade e para mostrar a equipa que realmente são. É com união e com esforço, por vezes titânico, que temos de jogar sempre. Estou muito contente por eles, mas também pelos nossos adeptos, nomeadamente aqueles que viajaram com a equipa e que nunca deixaram de apoiar. Esta é a nossa segunda vitória na competição, ainda por cima fora de casa."
Melhor exibição da época? "Não sei se foi a melhor exibição, mas foi um jogo em que a equipa mostrou uma cara diferente e foi competitiva. Os jogadores estiveram unidos. Esta exibição tem de servir de exemplo para o futuro. Mais do que tentar perceber porque temos uma cara em Portugal e outra na Europa é saber que este tem de ser o exemplo e que este é o Braga que queremos. Não digo que é um Braga sem cometer erros, porque há aspetos a melhorar e vamos trabalhar para que isso aconteça, mas a vontade, o esforço, a união e o sacrifício da equipa estiveram em Glasgow, muito parecido com aquilo que aconteceu contra o Feyenoord. É esta equipa que temos de ver de forma regular."
Equipa com muitas novidades: "Já disputámos 15 jogos, mais do que qualquer equipa portuguesa, e este tem sido um processo de desgaste, porque trabalhámos intensamente na pré-época para hoje estarmos onde estamos. Ninguém dá nada de graça, há que trabalhar. Tivemos de ganhar jogos em agosto, quando as outras equipas portuguesas estavam a preparar a pré-época tranquilamente. Nesse processo, a equipa teve de fazer um esforço enorme. O nosso trabalho é ir vendo quem são os jogadores que estão num melhor nível. Entendi que a equipa devia apresentar algumas alterações para ter frescura, porque seria um jogo exigente e intenso, porque sabíamos as qualidades do Celtic. Caso não tivéssemos capacidade para nos movimentarmos em campo, iríamos ter dificuldades. Florian [Grillitsch], por exemplo, foi titular pela primeira vez. Sabíamos ainda que o João [Moutinho] tinha de entrar em qualquer momento para dar-nos a sua experiência e qualidade. Tínhamos de ter personalidade, porque não podíamos jogar na nossa área durante os 90 minutos. Tínhamos de ter um plano para ter golo. Tivemos ainda tranquilidade e confiança para chegar à vitória. Estou ainda muito contente pelo Vítor Carvalho, que voltou ao onze, num lugar [central] que não era fácil. Também queríamos dar minutos ao Yanis da Rocha, porque tem trabalhado muito bem desde a pré-época, e jogou num estádio que não é fácil, mas com os minutos foi ganhando confiança. É um jogador que nos pode dar alternativas. Foi por tudo isto que fizemos as alterações no onze."