Carlos Tê foi ouvido por O JOGO sobre o novo mandato de Pinto da Costa.
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Na véspera de ganhar, de forma oficial, o direito a comandar o FC Porto durante mais quatro anos, Pinto da Costa já não estará nervoso como há 34 anos, quando se candidatou pela primeira vez. Os desafios, no entanto, mantêm-se. Aliás, foi o presidente que os evocou, pedindo apoio a quem acha que, aos 78, ainda pode ajudar o FC Porto, e não a quem o quer premiar por, em 34 anos, ter sido o presidente mais titulado da história do futebol mundial.
Aproveitando a véspera do primeiro dia do próximo mandato, O JOGO perguntou a alguns portistas que expectativas guardam para os quatro anos que se seguem.
"Espero destas eleições uma espécie de back to basics, um regresso ao passado, não no sentido saudosista, mas no sentido de cartilha e linha de inspiração. Mais do que vitórias - imponderáveis pelos caprichos do jogo - falo da atitude competitiva e do ambiente para que isso volte a acontecer. O Porto não pode esquecer de onde vem e ter sempre em mente o que custou erguer-se do provincianismo até ao topo. Sobretudo o modo como saltou da cidade para o país e do país para o mundo. Só não esquecendo de onde se vem se pode saber para onde se vai. Para isso, tem de decidir se quer ser uma SAD modernaça operando numa indústria para a qual precisa duma equipa de futebol, ou se quer voltar a ter um clube que reencarne os valores aguerridos e espertos que o fizeram grande. Tem de decidir se quer ser uma empresa de espetáculos desportivos ou o símbolo duma cidade e duma região. Tem de decidir se quer ser parte ativa na produção de sound bites que alimentam o sistema de influências com uma voz própria ou com uma newsletter. Tem de decidir se prefere vencer todos os anos o campeonato europeu de transferências ou vencer nos estádios. Já foi possível fazer as duas coisas. Mas deixou de ser.", comentou o letrista Carlos Tê.
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