Empate com o Santa Clara desencadeou novas críticas a Carlos Carvalhal e à equipa. Líder António Salvador já havia alertado há duas semanas que era "preciso muito mais" para ganhar jogos.
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As ondas de choque provocadas pelo empate do Braga com o Santa Clara só poderão ser esbatidas com uma vitória já na receção de quinta-feira aos dinamarqueses do Midtjylland, em jogo a contar para a segunda ronda do grupo F da Liga Europa.
A desilusão tomou conta dos adeptos bracarenses e as redes sociais do clube encheram-se de críticas aos jogadores e de pedidos de demissão do treinador Carlos Carvalhal, acompanhados nalguns casos de sugestões para sucessores, envolvendo os nomes de Abel Ferreira, Paulo Fonseca e Domingos Paciência.
Na ressaca da deslocação aos Açores, a sociedade desportiva prescindiu, porém, de avançar para medidas radicais, mas é sabido que António Salvador não anda satisfeito com desempenho da equipa, tendo-o expressado inclusivamente há já duas semanas, precisamente após outra igualdade (sem golos): "Temos de fazer muito mais e melhor do que aquilo que fizemos frente ao Paços de Ferreira. Para ganhar jogos não chega ter qualidade, é preciso trabalhar, ser intenso e agressivo".
De partida, nessa ocasião, para a Sérvia, na véspera do jogo com o Estrela Vermelha, marcado pela primeira derrota dos minhotos na jornada inaugural de uma fase de grupos na Liga Europa, o líder do clube deu conta até da existência de uma incómoda ferida que dura desde o fim de 2020/21, no campeonato. "Acabámos mal a época anterior e não começámos bem. Esse ciclo é que tem de mudar rapidamente", assinalou, rebatendo a ideia de que o atual Braga precisa de tempo por ter entrado num novo ciclo, conforme havia defendido Carvalhal, por ter perdido, através de vendas, mais dois jogadores influentes depois de Paulinho: Fransérgio (Bordéus) e Ricardo Esgaio (Sporting).
Volvidos cinco dias, Carvalhal tanto subscreveu a visão de Salvador como juntou um reparo. "É um facto que acabámos mal o campeonato, mas porque tivemos de gerir a equipa para a Taça de Portugal, devido ao cansaço acumulado da época. Na altura não o podia dizer, mas agora sim. Por isso, concordo parcialmente [com as críticas do presidente]", ripostaria o treinador.