O treinador do Braga falou sobre o percurso da equipa ao canal do clube
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Jogo com FC Porto: "Analisando os jogos friamente, e alguém com consciência e o mínimo de conhecimento sobre o jogo, perceberá claramente que nós no primeiro jogo com o FC Porto fizemos um belo jogo, dividimos o jogo. Disse-o no final, acabámos por perder apenas por pequenos pormenores. Em termos exibicionais fizemos um jogo muito bom e podíamos ter conseguido mais pontos".
Jogo com Santa Clara: "A primeira parte do jogo aqui com o Santa Clara foi sofrível. Não foi boa. Segunda parte excelente. Duas bolas nos postes, seis ou sete oportunidades de golo. Aquele jogo que normalmente acontece uma vez na época, que poderíamos ter ganho confortavelmente mas acabamos por não conseguir pontos. A nível exibicional demos continuidade, sobretudo na segunda parte, ao que fizemos com o FC Porto".
Jogo com Tondela: "Com o Tondela foi uma exibição concludente. A grande diferença para os dois anteriores foi apenas a eficácia. Se os níveis de eficácia se mantivessem podíamos ter feito mais golos".
Desempenho: "Até ao momento estamos no bom caminho. A nível exibicional, dentro daquilo que perspetivamos para o jogo, uma melhoria da qualidade de jogo, ela tem vindo a acontecer. Temos que dar continuidade ao trabalho porque vem aí um ciclo de jogos terrível, com jogos a meio da semana, e temos que estar preparados para o que aí vem".
Mercado: "Um dos clubes que eu penso que mexerá mais em Portugal é o Braga. Neste momento o Braga é muito ativo no mercado, o nosso presidente é extremamente ativo no mercado, de uma forma muito inteligente. Os jogadores do Braga são apetecíveis. Há sempre propostas pelos nossos jogadores. Estas coisas mexem sempre com a cabeça dos jogadores. A maior parte das vezes eles sabem o que se passa porque os empresários dão-lhes a conhecer. É legítima esta instabilidade. Por muito profissionais que os jogadores sejam isto mexe sempre com a sua intimidade. A partir do momento em que o mercado está fechado, creio que esta parte já vai desaparecer. A focalização vai ser a 100%. Espero que as regras do mercado mudem e que fechem sempre que o campeonato começa. Sou contra a janela de janeiro. Preferia que se fizesse uma planificação no início do ano para o ano inteiro e depois um plantel curto, sempre com um olhar nos sub-23, na equipa B, nos sub-19 também... A puxar os miúdos para a equipa de futebol profissional. Se calhar isso beneficiaria o futebol português. Mas estas são as regras de jogo e temos que as aceitar e viver com elas".
Aposta na formação: "Temos um plantel curto. Falha um por alguma razão, como por exemplo o Sequeira foi chamado à seleção nacional, imediatamente foi chamado o Zé Pedro, da equipa de sub-23. O Vítor também está aqui, o avançado da equipa B. Está também o Hernâni. O Rodrigo Gomes foi chamado à seleção, não está aqui. Já estreámos este ano o Moura, que faz parte do plantel e em quem depositamos muita confiança. Estreou-se também o Rodrigo Gomes. Esta é a dinâmica que definimos no clube, apostar forte na formação e isso não era compatível num plantel de 26 ou 27 jogadores".
Jogadores que mais surpreenderam: "Não gosto de falar individualmente. Há um ou outro que me surpreendeu. O jogador que visto de fora parece um bom jogador e visto de perto é um excelente jogador é o Paulinho. Foi o jogador que mais me surpreendeu porque eu estava à espera de um Paulinho bom jogador mas depois de contactar diariamente com ele fiquei maravilhado. É um jogador muito melhor do que se vê de fora. Um jogador diferenciado. O Carmo também me surpreendeu. Não tinha noção da sua qualidade. Um jogador com uma dimensão muito maior do que a que via de fora".
Sequeira: "O Sequeira é um exemplo para todos. E não só para o futebol mas para a sociedade. Vale a pena trabalhar, vale a pena ser honesto, vale a pena trabalhar com afinco porque numa carreira chegar aos 30 anos e ser chamado à seleção A é possível. E o Sequeira demonstrou que é possível".
Potenciar jogadores: "Sei que os jogadores do Braga têm sido observados. O meu papel como treinador é tentar fazer evoluir a equipa, fazer evoluir os jogadores, ganhar jogos, mas também tentar que os jogadores joguem a um nível de excelência para que possam participar em jogos de excelência como são os da seleção nacional. É o meu propósito tentar que a nossa equipa faça um futebol que permita que as pessoas olhem para os nossos jogadores e os sintam valorizados e que depois dessa valorização entendam que eles estão ao nível de excelência para jogar na seleção nacional ".