Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Braga, em conferência de antevisão ao jogo com o Maccabi Telavive, a contar para a primeira jornada da Liga Europa.
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Como correu a preparação: “A preparação correu bem. Tivemos um infortúnio com o Paulo Oliveira, penso que não é nada de grave, em poucos dias estará apto. Mas a semana correu bem, a equipa muito rapidamente entrou em níveis de ansiedade muito altos no último jogo. Tivemos oito oportunidades na primeira parte mas não conseguimos concretizar nenhuma. Conseguimos concretizar na segunda e foi visível que, depois do primeiro golo, baixaram os níveis de ansiedade, que a equipa queria muito ganhar e fazer o melhor. Conseguimos fazer mais golos, baixaram os níveis de ansiedade, subiu o nível de qualidade de jogo da equipa. E esse é o mote para o jogo de amanhã, Que a equipa dê sequência, com níveis de ansiedade nivelados pela exigência do jogo e pela história que o Braga tem nesta competição e queremos honrá-la. E, ao mesmo tempo, impor a qualidade que nos permitiu fazer três golos e deixar água na boca. Temos de dar continuidade ao que fizemos e vamos ao jogo com toda a ambição mas com respeito pelo adversário, queremos muito vencer. Não sabemos quantos pontos vão ser necessários para passar direto ou ir ao play-off. O que temos de fazer é o que temos feito, que é abordar um jogo de cada vez. O jogo de amanhã é o mais importante da nossa vida, que é o próximo”.
Experiência do Braga na competição: “Independentemente do formato não íamos mudar nada. Íamos tentar vencer os jogos e atacar um jogo de cada vez para tentar vencer. Disse logo quando chegámos que não seria uma missão fácil. Tínhamos uma missão difícil, que era dar continuidade às competições europeias. O grau de dificuldade não baixou desde esse momento. Estamos a construir a equipa, infelizmente com vários jogadores experientes de fora e tivemos que nos assumir com jogadores que vieram da segunda divisão espanhola, com jogadores jovens e que não conheciam bem o nosso campeonato e esta realidade e tiveram de se assumir como fundamentais. Felizmente, a capacidade levou a que a equipa tivesse estado relativa,ente bem. Estamos numa competição internacional, no campeonato estamos a somar pontos. Tivemos um acidente mas é normal neste trajeto. O que percebemos é que a equipa vai melhorar, vai maturar, está a jogar cada vez melhor e a interpretar cada vez melhor as nossas ideias e amanhã pode ser um bom teste à qualidade do momento da equipa, tendo em conta que vamos defrontar um adversário difícil e que joga bem. Mas o Braga tem um presente e um passado e queremos honrar a história do Braga”.
Calendário apertado e jogo 800 da carreira: “Por acaso sabia que ia ser o meu jogo 800, não costumo saber muito dessas coisas. Não me sinto velho mas é um longo trajeto até chegar aqui. Fico contente. No final do jogo vou responder se é especial ou não. Se vencer, vai ser especial. Disse que estava todo roto mas não tinha só que ver com os jogos que fizemos. O esforço acrescido era o facto não era conhecer os jogadores a fundo e estávamos a ver vídeos individuais e coletivos dos jogadores para estarmos atualizados e nessa altura o mercado estava aberto, o que é uma tortura para os treinadores. Entre o jogo de quinta-feira e domingo ver 15 jogadores e ver se interessam ao Braga ou não... tem de partir do treinador. Quanto à equipa, estamos preparadíssimos, frescos e mais tranquilos em termos emocionais”.