O treinador que foi bicampeão no FC Porto como adjunto de Jesualdo Ferreira em 2007/08 e 2008/09 considera que "ganhar é o único remédio" para dar a volta à situação.
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Carlos Azenha, treinador que foi adjunto no FC Porto entre 2007 e 2009, considera que a falta de tempo que José Peseiro teve para treinar é uma das razões principais do momento delicado que os dragões atravessam.
"O que acontece é que o José Peseiro teve pouco tempo para trabalhar a equipa. Apanhou um conjunto de competições em simultâneo e ficou sem espaço para treinar. Precisou que houvesse um clique e como não teve essa sorte a equipa entrou em espiral negativa psicológica, pelo que toda a gente nesta altura duvida das capacidades dos jogadores", defendeu a O JOGO o técnico de 49 anos, lembrando que "só se conhece um atleta, a nível de caráter e capacidade de superação nos momentos difíceis".
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A opção de não convocar Aboubakar e de deixar Brahimi no banco no jogo de Paços de Ferreira foi assim analisada por Azenha: "Nesta altura levantam-se todas as questões. Não é o problema de deixar este ou aquele de fora ou outro jogador no banco. As opções do treinador têm essencialmente a ver com o que se passa nos treinos, com o comportamento dos jogadores".
O ex-adjunto de Jesualdo Ferreira defendeu que só há uma forma de motivar a equipa: "Não há outra solução que não seja ganhar. Se continuar numa onda de resultados negativos a crença dos atletas ainda baixa mais. O único remédio que existe é voltar às vitórias. Podem fazer mil e uma coisas, como por exemplo estágios, mas a confiança recupera-se unicamente com as vitórias".