Adeptos do FC Porto elogiam a coragem de querer jogar de igual para igual com os "reds", mas reconhecem que os ingleses são mais fortes. A prioridade, tal como no início, deve ser sempre o título nacional.
Corpo do artigo
O perdão concedido à equipa do FC Porto pelo tribunal do Dragão, na ressaca da pesada derrota (0-5) com o Liverpool, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, não termina nos adeptos que ficaram no estádio até ao final do encontro. O "júri" de portistas reunidos nesta edição por O JOGO reforça essa absolvição e, apesar dos inúmeros erros individuais e estratégicos cometidos contra os ingleses, justifica-a com o crédito que Sérgio Conceição, Brahimi e companhia já adquiriram no campeonato e na Taça de Portugal (está em vantagem nas meias-finais). A conquista do título, após quatro épocas de jejum, é apontada por todos como uma prioridade, pelo que juntam a voz aos que, no estádio, já tinham entoado em modo "repeat" o cântico "Eu quero o Porto campeão".
"Foi um carinho, para não desmoralizarem, não os deixar desfalecer para não perderem o campeonato e continuarem empenhados nisso. Foi importante para sustentar a equipa, depois da pancada que levaram. Mas foi uma atitude bonita e consciente dos adeptos, que compreenderam a impotência da equipa perante um adversário mais forte, porque o que importa é o campeonato", assinala Álvaro Magalhães, escritor e colunista dominical de O JOGO.
"A equipa vai reagir bem, porque o campeonato é que é a sua praia. Parece-me que chegará ganhar, porque depois de um jogo daqueles é essencial que vençam para ganharem o campeonato", acrescenta, apontando à receção ao Rio Ave, agendada para domingo.