Presidente do IPDJ confirmou processos de contraordenação contra o Benfica por falta de regulamentos de segurança nos campos do Seixal. Encarnados apresentaram recurso
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Vítor Pataco, presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), confirmou, a O JOGO, haver processos de contraordenação a decorrer contra o Benfica por causa dos campos do Seixal e que as sanções serão conhecidas em breve. "Estão a correr internamente, em fase instrutória, tendo o Benfica sido notificado e apresentado a sua defesa", explicou Pataco.
Em causa está o facto de o complexo do Seixal não ter regulamentos de segurança para cada relvado. O quadro penal prevê uma sanção que pode ir até um máximo de 12 jogos à porta fechada. "O Benfica tem um regulamento de segurança válido para o campo n.º 1, mas terá de ter esse mesmo regulamento para os restantes campos onde se realizam jogos dos escalões de formação, porque são realizados com público. Por esse facto, a SAD é obrigada a ter regulamento de segurança para cada campo", detalhou, Refira-se que a legislação considera os clubes promotores de espetáculos desportivos e obriga-os a garantir a segurança dos seus recintos.
"Mesmo que apresente agora os regulamentos de segurança, isso não apaga o que está para trás"
Fonte oficial do Benfica confirmou, entretanto, já ter sido apresentado recurso e feita uma exposição ao IPDJ, mas Vítor Pataco foi claro: "Mesmo que o Benfica venha a apresentar agora os regulamentos de segurança, isso não apaga o que está para trás."
Confrontado com o facto de só terem começado a surgir processos de contraordenação nos últimos meses, o presidente do IPDJ respondeu, apontando o mecanismo que lhes dá origem e que, pelos vistos, começou a funcionar recentemente. "Os autos são levantados pela PSP e depois analisados pelo IPDJ. Desconhecemos por que razão não foram levantados antes de janeiro. Ou não havia jogos com público nesses campos, ou a PSP não comunicou infrações. A PSP levanta autos e nós reagimos a eles", garantiu.
As modalidades do Benfica também estão na mira do IPDJ, que poderá vir a fechar o pavilhão da Luz ao público. "Não conheço em concreto os motivos para a abertura desse processo de contraordenação, mas terá que ver com as claques", explicou Vítor Pataco.