Madeirenses lideram a Séria A do Campeonato de Portugal e enfrentam o Famalicão no jogo em atraso da terceira eliminatória da Taça de Portugal
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Oito vitórias e apenas duas derrotas fazem do Camacha o líder da série A do Campeonato de Portugal, registo que adquire especial relevo pelo facto de, nos últimos anos, os madeirenses terem lutado sempre pela permanência quase até à última jornada. Tiago Quaresma, 37 anos, é o treinador de uma equipa que, nas duas jornadas anteriores, até adquiriu um gosto por triturar: goleou, em casa, Os Sandinenses por 4-1 e, no domingo, foi ao Dumiense aplicar chapa cinco. “Claramente não vou esconder que este arranque está a superar as expectativas. Estamos a criar um espírito de grupo bastante forte”, afirmou.
Natural do Porto, o técnico estava em Moçambique, no Brera Tchumene, antes de receber o convite insular. “Foi-me apresentado um projeto ambicioso num clube com muito boas condições, um plantel de qualidade e que me deu a oportunidade de regressar ao meu país para me lançar como treinador principal nos campeonatos nacionais”, explicou Quaresma, que já tinha passado por vários escalões de formação e por emblemas da AF Porto. A campanha, reconhece, também está a projetar o treinador. “Primeiro valoriza os jogadores que são eles os grandes obreiros. Eu e a restante equipa técnica também nos sentimos valorizados”, comenta.
No entanto, apela, a prioridade está em garantir a continuidade no CdP o mais rápido possível. “Não nos podemos desviar. O grande objetivo é a permanência. Temos de nos manter humildes e a trabalhar dentro dos mesmos princípios, porque a época é bastante longa”, alerta. Para o futuro, Tiago Quaresma tem uma meta definida. “Gostaria de chegar à I Liga. É esse o grande objetivo: singrar como treinador e um dia poder competir no patamar mais elevado do nosso futebol. Sou um entre muitos e irei continuar a fazer o meu caminho, dentro dos meus valores”, assegura.
Agarrados às “poucas hipóteses” contra o Famalicão
Cinco vitórias noutros tantos jogos, a jogar em casa, dão ao Camacha estatuto de imbatível na Madeira. No entanto, segue-se o Famalicão, para a Taça de Portugal, desafio grande para o registo insular.
“O Famalicão é claramente favorito, apesar de jogarmos em casa. Vamos agarrar-nos às poucas possibilidades que temos. É um jogo para os nossos jogadores desfrutarem frente a um clube semifinalista na Taça da época passada e que quer chegar à final. Teremos a força das nossas gentes, que têm sido muito importantes”, realçou.