Calendarização: Benfica nega alinhamento com Sporting e aponta ao número de jogos

Sport Lisboa e Benfica
O desagrado do FC Porto resultou de uma perceção de que a equipa azul e branca, em comparação com Sporting e Benfica, teria menos dias de descanso entre os jogos,
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Foi num clima de enorme tensão que decorreu, esta quinta-feira, a reunião da Comissão Permanente de Calendários da Liga Portugal, um encontro que se prolongou por quatro horas e que só avançou após recurso a votação para definir a calendarização.
Segundo apurou O JOGO, o Benfica manteve uma posição firme durante a reunião, sublinhando que não quis prejudicar qualquer clube e que não estabelece acordos com rivais, em particular com o Sporting. A explicação da equipa encarnada prende-se com a elevada carga física desde o início da época: não teve férias e realizou uma mini pré-época, sendo a equipa nacional com mais jogos disputados até ao momento. A comissão de calendários é composta por oito clubes e, na hora da votação, registou-se um resultado de 2-6, com o Feirense a votar ao lado do FC Porto.
O desagrado do FC Porto resultou de uma perceção de que a equipa azul e branca, em comparação com Sporting e Benfica, teria menos dias de descanso entre os jogos, sobretudo numa sequência de partidas entre competições nacionais e europeias. Depois de defrontar o Malmo a 11 de dezembro, os dragões enfrentam Estrela da Amadora (15), Famalicão (18), Alverca (22) e Aves SAD (27). A questão central para o clube portista prende-se com os dois últimos encontros, que não assegurariam o mesmo período de recuperação concedido aos rivais.
De acordo com a proposta de calendarização da Comissão, o Sporting terá um intervalo maior entre os oitavos de final da Taça de Portugal, frente ao Santa Clara (17 de dezembro), e a 15.ª jornada, no reduto do V. Guimarães (23). A decisão será justificada pela deslocação aos Açores, argumento que o FC Porto considera incoerente, lembrando que, em situações semelhantes, como a viagem a Utrecht, teve de competir logo no domingo seguinte.
Os dragões defendem que a calendarização deveria ser uniforme entre os três candidatos ao título, garantindo igualdade de condições em períodos de elevada exigência física e logística, como o Natal.

