Buscas no Boavista e no Gafanha: dois jogadores negociados entre os clubes e não entre SAD
João Paulo Ramos, ex-presidente do Gafanha, lembra que SAD do clube não tem atividade e única relação com o Boavista tem a ver com cedência de dois jogadores, em 2016/17
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A PJ fez buscas na SAD do Boavista e do Gafanha, esta quarta-feira, cumprindo "mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, pela presumível prática de crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento".
As buscas à SAD do emblema aveirense, em Ílhavo, de acordo com o seu presidente atual, Carlos Peleja, está relacionada com "a contabilidade entre 2015 e 2017", que corresponde ao período da direção liderada por João Paulo Ramos, acrescentando que o clube "não tem nada a esconder. Facultámos toda a informação pretendida".
Ouvido por O JOGO, João Paulo Ramos mostrou-se "incomodado" com o seu envolvimento. "Não devia ter referido o meu nome sem me informar. Mostra o carácter das pessoas. Acho que é uma imprudência total arrolar o nome de terceiros, causando dúvidas", lamentou.
"A SAD do Gafanha está registada, formalizada, mas não tem qualquer atividade sobre ela", esclareceu. As SAD até agora arroladas na operação não têm, portanto, negócios entre elas. Há, contudo, uma relação entre o Gafanha, clube, e o Boavista, na época desportiva de 2016/17, com a cedência de dois atletas por parte dos axadrezados: Mohamed Daf e Lovro Medic. "É a única relação entre os clubes, na minha gerência".
O ex-presidente do Gafanha, garantiu que não foi informado nem consultado por nenhuma entidade sobre a operação em curso, tendo sabido da notícia "por um amigo que viu as notícias" e lhe ligou a informar". "Estou tranquilo e disponível para esclarecer o que quer que seja", vincou.
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